Esplanada da Liberdade será o novo espaço cultural de São Paulo
A previsão é de que o projeto seja finalizado em 2028, após três anos do início da construção
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A cidade de São Paulo deve ganhar o projeto Esplanada da Liberdade, que visa criar um espaço com áreas comerciais e de convivência e a reconstrução do antigo Teatro São Paulo • Divulgação/ Effect Arquitetura
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Com previsão de começar a ser construído no início de 2025 e finalizado em cerca de três anos, em 2028, a ideia é que a Esplanada integre o espaço urbano e cultural da cidade • Divulgação/ Effect Arquitetura
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Para isso, deve conectar os viadutos Shuhei, Mie Ken, Cidade de Osaka e Guilherme de Almeida • Divulgação/ Effect Arquitetura
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Os arquitetos se basearam em três pilares para construir o projeto: o direito à existência, à vida e o de ir e vir • Divulgação/ Effect Arquitetura
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O espaço também prevê ciclovias e áreas verdes • Divulgação/ Effect Arquitetura
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Área de convivência da Esplanada da Liberdade • Divulgação/ Effect Arquitetura
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Por dentro de como deve ficar o Teatro da Liberdade, que reconstruirá o Teatro São Paulo • Divulgação/ Effect Arquitetura
A cidade de São Paulo deve ganhar mais um ponto cultural no bairro da Liberdade: a Esplanada da Liberdade. O ponto irá reconstruir o antigo Teatro São Paulo e inaugurar um memorial étnico-cultural com o objetivo homenagear diversas comunidades que fazem parte da história da capital paulista.
Com previsão de começar a ser construído no início de 2025, a ideia é que a Esplanada integre o espaço urbano e cultural da cidade. Para isso, deve conectar os viadutos Shuhei, Mie Ken, Cidade de Osaka e Guilherme de Almeida. O investimento deve ser de R$ 333 milhões, segundo os arquitetos Celso Grion e Ericl Tonin.
“Como ainda se encontra na fase da consulta pública, ainda faltam algumas aprovações dos órgãos municipais e estaduais para o futuro do projeto”, comentou Grion à CNN Viagem&Gastronomia.
O projeto é uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Prefeitura de São Paulo e o escritório Effect Arquitetura, com o objetivo de ser finalizado em 2028.
Como deve ser a Esplanada da Liberdade
Para a criação do projeto da Esplanada da Liberdade, os arquitetos se basearam em três pilares: o direito à existência, à vida e o de ir e vir. Além disso, eles também pensaram em algo para homenagear a comunidade negra com espaços de memória material e imaterial.
“Ao incorporar os direitos à existência, à vida e ao ir e vir, estamos criando um espaço que não apenas atende às necessidades práticas dos cidadãos, mas que também promove a dignidade, a igualdade e a memória coletiva, celebrando a pluralidade cultural que faz da Liberdade um lugar único e especial”, contam os profissionais à CNN Viagem & Gastronomia.
Os arquitetos também projetam um espaço gastronômico com restaurantes, lanchonetes e cafés que reflitam a diversidade cultural da região. Para isso, querem atrair investidores interessados em abrir estabelecimentos que “reflitam a diversidade multicultural” de São Paulo.
“Estabelecimentos que promovem experiências gastronômicas inovadoras ou que apostam em práticas sustentáveis, como o uso de ingredientes orgânicos e de comércio justo, também são bem-vindos”, completam.
Outra área da Esplanada deve ser designada para exposições permanentes e temporárias e eventos culturais, como galerias de artes, centro de eventos e espaços para performances artísticas.
Teatro da Liberdade
Já a construção do Teatro da Liberdade, onde ficava o antigo Teatro São Paulo, demolido para dar lugar à Avenida Radial Leste, em 1969, visa resgatar a memória espacial do uso e da função do edifício.
Com uma estética diferente, o novo espaço oferecerá experiências gastronômicas, artísticas e recreativas, como peças teatrais, musicais e palestras.
“Será um novo teatro contemporâneo em sua espacialidade, com o emprego de novos materiais, espaços e usos”, acrescentam.
Sustentabilidade
Os arquitetos também dizem que a sustentabilidade na construção da Esplanada da Liberdade é uma medida essencial. “Envolve a criação de espaços que respeitem e integrem a memória cultural, promovendo a convivência harmônica entre todas as expressões culturais que contribuíram para construir o caráter único do bairro”, dizem.
Uma das características apontadas por eles é a criação de áreas verdes elevadas que resgatem espécies nativas da região e “contraste com a impermeabilização do asfalto da Av. Radial Leste”.
“[Essa área] Também foi planejada para contribuir com a biodiversidade local, melhorar a qualidade do ar e proporcionar espaços de descanso e lazer para a comunidade. A arborização urbana, além de embelezar o espaço, ajuda a reduzir a temperatura local, combatendo o efeito de ilhas de calor”, explicam.
As melhorias sustentáveis incluem eficiência hídrica, gestão de água com soluções de drenagem e adoção de infraestrutura verdes. Além disso, planejam recursos de mobilidade, acessibilidade e espaços verdes, com ciclovias e calçadas amplas, que melhorem a qualidade de vida dos moradores e transeuntes.
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