Diana no Brasil: os lugares que Lady Di conheceu em sua única visita ao país

Durante cinco dias, a Princesa de Gales chegou a visitar o Cristo Redentor e as Cataratas do Iguaçu numa viagem marcada pela quebra de protocolos e sinais do desgaste do casamento com o Príncipe Charles

Saulo Tafarelodo Viagem & Gastronomia

Lembrada por seu carisma, pelas ações sociais e por se estabelecer como um ícone da moda, Diana Frances Spencer, mais conhecida como Diana, a Princesa de Gales, é até hoje lembrada por seu legado – e não só no Reino Unido, mas no mundo todo.

Quando se casou com Charles, Príncipe de Gales, em 1981, na St. Paul Cathedral, em Londres, Lady Di assumiu uma série de deveres reais e entre eles estavam visitas oficiais a outros países e nações.

E foi há 31 anos, no dia 22 de abril de 1991, 22 anos após a Rainha Elizabeth II colocar os pés no Brasil uma única vez, que Diana fez o mesmo.

“princesa do povo” aterrissou na capital Brasília ao lado de Charles, que fazia sua segunda visita ao país, para acompanhá-lo em uma agenda resumida a reuniões sobre preservação ambiental.

Mas ela não seguiu o marido em todos os compromissos e acabou visitando várias instituições de caridades dedicadas às crianças – fato que movimentou o povo brasileiro e toda a mídia na época. Sua passagem pelo país, inclusive, ficou conhecida por ser mais uma oportunidade de Diana quebrar alguns protocolos.

Ao todo, o casal ficou cinco dias no Brasil e Diana não deixou de visitar algumas atrações brasileiras conhecidas mundo afora, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. Relembre todas as cidades que Lady Di visitou quando esteve por aqui:

Brasília (DF) e Carajás (PA)

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Charles e Diana desembarcaram na capital durante a noite do dia 22 de abril a bordo de um avião da British Airways. Na manhã seguinte, Charles se encontrou com Fernando Collor, presidente do Brasil na época, e Diana foi recepcionada pela então primeira-dama Rosane Collor na sede da Legião Brasileira de Assistência, extinto órgão assistencial público que ajudava as famílias dos soldados enviados à Segunda Guerra Mundial.

O casal deixou Brasília no mesmo dia para uma rápida visita ao Projeto Carajás no sudeste do Pará, em Parauapebas – cidade de mais de 200 mil habitantes que está assentada na Serra dos Carajás, considerada a maior província mineral do planeta.

O projeto de exploração mineral foi iniciado nas décadas de 1970 e 1980 pela Vale e compreendia também terras no norte do Tocantins e no sudoeste do Maranhão, região considerada uma das mais ricas da Terra em quantidade de minério.

Após a visita a uma jazida, o casal seguiu para o Parque Zoobotânico Vale, que existe até hoje e fica localizado dentro da Floresta Nacional de Carajás em Parauapebas. Ocupando 30 hectares preservados, o parque abriga espécies nativas da fauna e da flora amazônica.

De acordo com a Vale, hoje o parque possui entrada gratuita e fica aberto ao público diariamente, contando com zoológico, hospital veterinário, orquidário, herbário, sala de coleções, auditório, área de exposição e sala de educação ambiental.

Foi no parque que Charles e Diana plantaram uma castanheira. Curiosidade: cerca de três décadas depois, a árvore deu seus primeiros frutos e continua sinalizada como plantada pela ex-casal real.

Após a visita a Carajás, ambos retornaram para Brasília, onde, à noite, foram recebidos no Palácio do Itamaraty para uma recepção – atualmente, o palácio pode ser conhecido mediante visitações públicas e educativas.

São Paulo (SP)

Palácio dos Bandeirantes foi um dos locais que Diana e Charles foram recebidos na capital paulista / Alexandre Carvalho/A2img

No dia 24 de abril, o casal partiu para uma visita rápida a São Paulo, onde Charles seguiu compromissos em um fórum enquanto Diana visitou a escola britânica St. Paul’s, na região dos Jardins – localizada na rua Juquiá desde 1928. A mesma escola, que é considerada bicultural e bilíngue, foi visitada pela Rainha Elizabeth II em sua passagem pela cidade mais de duas décadas antes.

No almoço foram recebidos pelo então governador Luiz Antônio Fleury Filho no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador de São Paulo no bairro do Morumbi que, hoje, também é aberto para visitas. Vale ressaltar que a Rainha Elizabeth II, ao lado do Príncipe Phillip, também foi recebida no local em 1968.

Durante a tarde, a Princesa se dirigiu para uma unidade da antiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem). Foi onde ocorreu um dos momentos mais marcantes de sua passagem no Brasil: Diana carregou em seus braços uma criança soropositiva, foto repercutida mundo afora e mais um momento importante em sua luta contra a estigmatização do HIV.

Depois dos compromissos, foi a vez do casal embarcar novamente em uma aeronave e seguir rumo ao Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro (RJ)

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Na Cidade Maravilhosa, a agenda foi um pouco mais agitada e alguns pontos turísticos da cidade foram visitados. O casal ficou hospedado no icônico Copacabana Palace, na praia de Copacabana, e atraiu uma multidão para a frente do luxuoso hotel.

Foi na piscina do hotel, inclusive, que foram tiradas algumas das mais famosas fotos da Princesa: os paparazzi capturaram o momento em que ela nadava ali bem cedo. Diana acabou percebendo a movimentação dos fotógrafos em outros prédios e decidiu sair da piscina.

Entre os pontos visitados, do dia 24 ao dia 26 de abril de 1991, está o Palácio da Cidade, local de trabalho do prefeito do Rio que fica em Botafogo e que já tinha sido a embaixada do Reino Unido na cidade – lá, o casal assistiu à um desfile de escolas de samba. O Theatro Municipal, construção de 1909 que fica na Cinelândia, também recebeu Diana, onde a Princesa assistiu uma apresentação de dança do Grupo Corpo.

Cumprindo sua agenda, ela também chegou a visitar a enfermaria para pacientes soropositivos no Hospital Clementino Fraga Filho, na Ilha do Fundão, e as crianças da Associação Beneficente São Martinho, no centro do Rio.

Um dos símbolos do Brasil e também do Rio de Janeiro no mundo foi um dos principais pontos turísticos visitados pela Princesa em sua passagem por aqui: o Cristo Redentor, onde posou para fotos e admirou a paisagem única para o Atlântico e outros cartões-postais, como a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Pão de Açúcar, o Maracanã e o Maciço da Tijuca.

Cataratas do Iguaçu (PR)

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No mesmo dia de sua última estadia no Rio de Janeiro, em 26 de abril, Diana tomou um avião e seguiu para conhecer as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Consideradas Patrimônio Natural da Humanidade, as cataratas fazem parte tanto do parque brasileiro, inaugurado em 1939, quanto do parque argentino, do outro lado da fronteira, inaugurado em 1934.

As Cataratas do Iguaçu como um todo são formadas por 275 quedas em uma área de mais de 250 mil hectares de floresta subtropical. Do lado brasileiro, a Passarela da Garganta do Diabo é um dos pontos mais concorridos, de onde se tem uma vista panorâmica das grandes quedas.

O parque fica a aberto para turistas diariamente, exceto às segundas-feiras. Indivíduos brasileiros a partir de 12 anos pagam R$ 63 – o valor aumenta para R$ 107 para estrangeiros fora do Mercosul.

Belém (PA)

Belém foi a última parada de Diana em solo nacional antes de embarcar novamente para fora do país. Na capital paraense, detentora do Mercado Ver-o-Peso, da Estação das Docas e do Teatro da Paz, a então Princesa não atendeu a nenhuma agenda ou evento.

Durante a tarde, se encontrou com Charles, que havia comparecido a um seminário sobre ecologia, e voltou para a Inglaterra no dia 27 de abril com um vestido vermelho marcante.


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