Conheça os bairros, restaurantes e rooftops imperdíveis de Londres
Abundante em arte, gastronomia e mercadões, a capital inglesa possui inúmeros endereços que valem a visita, seja numa primeira visita ou não, como mostram as dicas do insider André Farias
Cheia de pontos turísticos imperdíveis e outros que, apesar de não tão conhecidos, merecem a visita, Londres é uma capital efervescente em história, boa gastronomia e bairros que reservam características peculiares aos visitantes.
Pelo menos é o que mostram as escolhas do que ver e onde comer na cidade pelo olhar do insider André Farias.
Empreendedor e CEO do Club Experience Nordeste, plataforma corporativa de conhecimento para empresários, o profissional passou recentemente uma temporada em Londres e descobriu novos interessantes cantos da capital inglesa, assim como revisitou alguns de seus pontos prediletos.
“Quem vai a Londres pela primeira vez provavelmente vai passar boa parte do tempo visitando os principais pontos turísticos. Mas o que fazer numa segunda ou terceira visita à cidade?”, indaga o empresário.
É com essa visão que o profissional compartilha a seguir um mix de dicas de restaurantes, bares, bairros interessantes, rooftops e até espaços culturais que vale a pena conferir.
Bares e restaurantes: onde comer
Vizinha ao Hyde Park, Mayfair é uma das áreas mais caras de Londres e, por isso, acaba ficando de fora do roteiro da maioria dos turistas.
Mesmo assim, vale circular pela região para ver vitrines, prédios e praças bonitas, em que o bairro se apresenta de forma elegante com casas geminadas, comércios sofisticados e até galerias de arte.
Assim, a região, que é uma das mais badaladas de Londres, é boa aposta se estiver disposto a experimentar uma gastronomia de qualidade.
Aqui pode-se dar atenção ao icônico Park Chinois, refinado restaurante chinês inspirado na Xangai da década de 1930. Minha dica é pedir o Duke de Chine, pato laqueado com 72 horas de preparo – uma porção serve confortavelmente duas pessoas e sai por £ 110.
O restaurante também conta com outras áreas interessantes. Minha dica é subir no segundo andar para jantar ao som de jazz e depois descer para apreciar drinques e curtir a animação dos DJs.
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Também vale a pena investir em outros nomes e se deliciar pelo bairro. Destaco o The Twenty Two London, restaurante dentro do hotel e clube de mesmo nome que mistura toques mediterrâneos com culinária britânica moderna; o 34 Mayfair, famoso por seus brunches e menu sazonal; e o Isabel Mayfair, glamurosa casa com cortes nobres e massas caprichadas.
Também há o japonês Roka, que aposta na técnica robatayaki, semelhante ao churrasco; bem como os famosos Sexy Fish, com menu de inspiração asiática focada na culinária do Japão; o Novikov, que mistura dois restaurantes, um asiático e outro italiano; e o robusto C Restaurant, italiano que carrega as tradições da culinária clássica servida no irmão mais velho Harry’s Bar, em Veneza.
Caso deseje algo mais animado, vá no MNKY HSE, restaurante latino-americano contemporâneo escondido numa entrada discreta em plena Dover Street. Se conseguir, separe um tempo para drinques no bar do The Connaught, luxuoso e clássico hotel no coração de Mayfair – o bar foi eleito no ano passado como o melhor do mundo.
E que tal um tradicional chá da tarde londrino? Entre um passeio e outro na Old e New Bond Street reserve um tempo para o chá da tarde na loja de departamentos Fortnum & Mason, que serve o “afternoon tea” desde 1926.
Dentre tantas escolhas, destaco também o Berners Tavern, que fica dentro do The London Edition, supersofisticado hotel em Soho. O restaurante é incrível na gastronomia contemporânea britânica e nos revela uma verdadeira exposição de obras de arte.
Também compartilho o Wild Honey St. James, próximo da The National Gallery, restaurante que detém uma estrela Michelin. Considero o melhor menu-degustação da cidade, em que os pratos focam no sabor, sem muitas firulas, como o próprio guia destaca.
Bairros imperdíveis: o que visitar
Chelsea
É um dos meus bairros favoritos de Londres. Apesar da localização fácil, é uma área pouco conhecida pelos turistas, mas que sem dúvidas vale a pena ser incluída no roteiro.
A região é, inclusive, considerada pelos londrinos como uma das melhores da cidade.
Minha dica é se “perder” pelas lindas ruas do bairro, cheias de casas geminadas e coloridas, e almoçar no The Ivy Chelsea Garden, que serve menus variados ao longo do dia e possui um jardim fantástico com mesas – o décor também impressiona pela pegada retrô.
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Reduto cultural, Chelsea atrai também os amantes de arte, que não devem deixar de conhecer a Saatchi Gallery. Trata-se de uma galeria de arte contemporânea em plena King’s Road que sempre tem exposições muito interessantes em cartaz, bem como um acervo próprio que pode ser visto sem nenhum custo.
Além disso, todos os sábados, em frente à Saatchi Gallery acontece a Duke of York Food Market, feira com produtos locais e comidas do mundo todo.
East London
East London é uma verdadeira galeria de arte a céu aberto. Entre os famosos nomes da street art está o inigualável Banksy, com obras espalhadas pela região.
Moderna, jovem e alternativa, a região é lar de vários mercados, uma excelente maneira de conhecer marcas e produtores locais, além de conseguirmos vivenciar um pouco da experiência de quem mora de fato na cidade.
Por aqui fica o Spitalfields Market, mercado coberto que é um dos mais antigos de Londres. Indico passar no local aos sábados, quando o mercado fica cheio de gente e é embalado por música e comida de todos os lugares.
Aqui, no característico prédio de tijolos que ocupa um quarteirão inteiro, encontramos desde roupas de grifes e designers mais descolados até a boa gastronomia local. Nas quintas-feiras acontece ainda uma feira de antiguidades.
Também em East London, todo domingo, ao longo de mais de 150 anos, o Columbia Road Flower Market abre suas portas. É um mercado de flores superinteressante que conta com várias lojas e cafés próximos.
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O Borough Market também deve estar na lista dos locais “não tão óbvios” para conhecer na capital inglesa. É um mercado imperdível para quem gosta de feiras gastronômicas
Notting Hill e Camden Town
Notting Hill e seu Portobello Market são visitas obrigatórias na cidade. Circular pelo bairro de nome eternizado no filme protagonizado por Julia Roberts e Hugh Grant tem que constar numa viagem a Londres.
O Portobello Road Market é um mercado de antiguidades que acontece todos os sábados e é um dos mais famosos da cidade.
Já Camden Market, localizado no bairro mais alternativo de Londres, conhecido também por ser o lugar oficial de Amy Winehouse, é um mercado que tem de tudo: comida, roupas, artesanato e uma atmosfera muito gostosa ao longo dos seus canais.
Rooftops: vistas para a capital inglesa
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Londres também tem alguns rooftops que reúne vistas privilegiadas para os melhores pontos da cidade junto de drinques e comidinhas caprichadas.
Para mim, o melhor de todos é o The Rooftop no topo do The Trafalgar St. James, hotel em plena Trafalgar Square – logo, as vistas são para lá de interessantes, já que possui ângulos em 360° e o ambiente é bem intimista.
Há também o Radio Rooftop Bar, que merece a visita por estar no 10º andar do hotel ME London, com vistas para o Rio Tâmisa e o skyline da capital inglesa.
Por fim, se agendar com antecedência é possível ir no Sky Garden, espaço que fica no 35° andar de um arranha-céu próximo à Tower Bridge e à Torre de Londres. O topo possui bar e restaurante, mas a entrada para os que quiserem apenas conferir a vista é gratuita.
Cantinhos fora do óbvio
Na St. James Street, transversal à famosa Piccadilly, vale a pena conhecer a loja mais antiga da John Lobb, uma das marcas de sapatos mais tradicionais do mundo. A loja remete ao século 19 e continua sendo um negócio familiar que opera de maneira independente.
A marca possui o Royal Warrant (famoso selo real), cedido pelos do Duque de Edimburgo e o Príncipe de Gales por suas botas e sapatos clássicos e luxuosos feitos à mão, em couro. Desde a época vitoriana a marca veste príncipes, primeiros-ministros e personalidades.
Ainda nesta região, vale a pena visitar a Maison Assouline de Londres, que fica na St. James. A Assouline sempre foi muito mais do que uma livraria de luxo, em que se caracteriza não só pela sofisticação das publicações, mas também pela opulência das suas lojas e abordagem experiencial do retalho.
A maior expressão dessa filosofia é a própria Maison Assouline, um grande e antigo salão bancário eduardiano projetado em 1922. Situada em um local discreto ao lado da Igreja de St. James, é como um um santuário cultural, um refúgio que transporta imediatamente da agitação do West End de Londres para um espaço elegante e envolvente.
Aqui somos presenteados com o que é possivelmente um dos empórios mais chiques da cidade, em que estantes altas exibem títulos dedicados à moda, arte, arquitetura, fotografia, design e viagens.
As estantes alinham o salão e criam uma divisória entre a livraria e o Swan’s Bar, onde podemos sentar e tomar um chá, por exemplo. A ideia é fazer com que a loja seja uma extensão de uma residência particular.
Bônus: National Gallery
Meu museu preferido em Londres é a National Gallery. A galeria nacional na Trafalgar Square, imponente praça no centro da capital, tem um espírito cidadão importante, já que é subsidiada pelo governo, dando oportunidade à população para acessar de forma gratuita as galerias.
O museu é detentor de um acervo abundante e riquíssimo, que reúne artistas como Monet e Van Gogh. Além disso, a própria imponência da galeria impressiona os amantes da arte.
Sobre André Farias
Empreendedor e filantropo, o jovem líder pernambucano André Farias é multifacetado. O empresário ainda carrega o título de CEO do Experience Club Nordeste, plataforma de conhecimento corporativa para empresários e CEOs de empresas. Viagens ao redor do mundo fazem parte de seu tempo livre: Dubai, Paris, Bordeaux, Barcelona e Zanzibar são alguns dos destinos visitados pelo profissional.