Origem é pioneiro em colocar Salvador no radar de importantes prêmios gastronômicos

“Você já foi à Bahia, nega? Não? Então vá!” parafraseando um trecho da célebre música de Dorival Caymmi podemos falar: Você já foi ao Origem? Não? Então vá!

O restaurante dos chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca mudou a cara da gastronomia em Salvador e colocou a capital baiana na rota de prêmios nacionais e internacionais, como é o caso da seleta lista dos 100 melhores da América Latina, onde conquistou a 52ª posição em 2022; a publicação dos 100 melhores restaurantes do Brasil da Revista “Exame” 2023, onde aparece em 4º lugar; os recém-conquistados prêmios de Melhor Restauranter e de Melhor Chef Pâtissier da “Prazeres da Mesa”; e agora, também em 2023, são finalistas no The Best Chefs Awards.

Porém, os prêmios são apenas consequências de um trabalho que há anos e com muita persistência mostra ao mundo que a comida baiana é mais do que os deliciosos acarajés e vatapás regados ao óleo de dendê.

Além disso, o Origem ainda tem o mérito de ter apresentando aos soteropolitanos o que é um menu-degustação, uma vez que a casa quebrou barreiras e foi a primeira da cidade a ter esse tipo de serviço.

Aberto em 2016, o nome não nega qual a essência da casa, afinal, a origem da dupla é baiana. Mas eles fogem do lugar-comum da gastronomia típica e revisitam pratos, trazem novas roupagens e homenageiam o estado natal com criações provocativas e cheias de identidade própria, tudo isso, claro, sem perder o delicioso “sotaque” que só a Bahia tem.

No menu atual, chamado de “Eu vim da Bahia”, a origem fica escancarada a cada prato dos 14 tempos (R$ 250 sem harmonização ou R$ 520 harmonizado) que chega à mesa.

Os sabores da delicada ostra empanada com beurre blanc (molho quente de manteiga emulsificada) de tangerina e sagu defumado; o peixe curado com sorbet de guacamole, amendoim, gergelim e aioli de gengibre; e o croquete de aratu com peguari, vinagrete de manga verde e aioli de páprica iniciam essa deliciosa viagem pela trajetória do casal.

Seguimos para pratos marcantes, cheios de personalidade e que provam que não existem receitas imutáveis. Apesar de alguns itens mudarem conforme a disponibilidade dos produtos, espere por invenções como o prato com um quê de Itália com Bahia num casamento perfeito, o Camarão com agnolotti de vatapá, pupunha, icuri, espuma de moqueca e gel de umbu; depois tem a Lagosta com mini arroz de tinta de lula, emulsão de bisque e gelatina de dashi; o Black angus com mousselline de couve-flor, shitake e farofa noisette; e o Pato de sol, pirão de leite caramelizado, purê, cebola brulée e aipim frito.

Para fechar essa deliciosa refeição, Lisiane, confeiteira de mão cheia que figura entre as melhores chef de pâtissière do Brasil, traz sabores da sua infância em Amargosa, cidade do interior baiano onde cresceu. A exemplo do Ouro de minas, que traz rabanada de milho criolo defumada, cocada de forno, sorvete de requeijão moreno e doce de leite e da Fondant de chocolate com sorvete de pipoca, caramelo de banana e farofa de chocolate.

Executados com uma delicadeza ímpar, “leveza” é a palavra que mais representa o menu degustado no Origem. Leveza nos pratos, no atendimento, no ambiente sem grandes extravagâncias, mas pensado em detalhes que o torna acolhedor.

A casa apresenta aos visitantes produtos dos cinco biomas baianos. Os chefs viajam de norte a sul do Estado atrás de pequenos produtores e buscam entender o que a natureza da região oferece e como valorizar e transformar em pratos não caricatos insumos “made in Bahia”.

O restaurante Origem é uma belíssima homenagem à Bahia. Da playlist finamente elaborada que enaltece o Estado, passando pela decoração até chegar aos pratos – as grandes estrelas que exalam aromas e sabores de Bahia. Visitar o Origem é como uma viagem que, quando termina, pensamos: já podemos voltar?

• Acompanhe CNN Viagem & Gastronomia em todas as plataformas:
  Instagram
  Tiktok
  Pinterest
  YouTube