Gâteaux à Croquer resgata clássicos da confeitaria francesa em São Paulo

Curso de culinária na França, receitas de família e ousadia, misturados com açúcar e manteiga, claro, dão o tom da pequena e deliciosa confeitaria

A mousse de chocolate da Gâteaux à Croquer
A mousse de chocolate da Gâteaux à Croquer Divulgação

Tina Binido Viagem & Gastronomia

De la farine, du beurre, du sucre et de l’amour. Foi essa sentença em francês a escolhida por Ana Stela Bittencourt para traduzir a essência da Gâteaux à Croquer, ateliê de doces finos aberto por ela em 2021. Afinal, é na farinha, na manteiga, no açúcar e no amor – e, claro, na França – que estão a base do seu trabalho.

Foi em 1990, aos 23 anos, quando ainda era recém-formada em Economia, que Ana se mudou para o país europeu. Apesar de desenvolver por lá uma bem-sucedida carreira no mundo corporativo, a cultura gastronômica local fez reacender sua paixão por fouets e panelas. Tratou de aprender os segredos da culinária familiar na região de Touraine, origem de seu marido, e fez cursos – como na prestigiada escola de culinária Ritz Escoffier, em Paris.

Sete anos depois, voltou ao Brasil com o desejo de mudar de vida. “Venho de uma família gaúcha muito ligada ao ato de cozinhar, e minha mãe passou isso para as filhas”, conta ela. Da vontade à realidade, no entanto, passaram-se mais de duas décadas. Foi só com a chegada da pandemia que ela começou a testar e vender suas receitas.

No começo ainda mantinha sua vida corporativa em um grande banco e vendia os doces apenas para as amigas. As encomendas só podiam ser aos finais de semana, pois era quando tinha tempo para entrar na cozinha.

O sucesso foi imediato e entre indicações “no boca a boca” os pedidos aumentaram. Ana tomou uma decisão difícil, mas assertiva: pediu demissão do banco e assim passou a se dedicar exclusivamente aos doces. Assim, na cozinha de um apartamento na Vila Nova Conceição, nasceu a Gâteaux à Croquer.

No seu portfólio de doces, vendidos somente por encomenda, encontram-se preciosidades clássicas feitas com bons ingredientes, muita técnica e raro equilíbrio de sabores.

É o caso da Tarte Tatin, cujas maçãs são cozidas em panela de ferro fundido e vêm caramelizadas sobre uma delicada massa (R$ 180 com 18cm e R$ 230 com 22cm), e da Marquise Chocolat, que lembra uma mousse de textura mais firme coberta por creme inglês (R$ 258 com 18cm e R$ 320 com 23cm). Além, é claro, da própria Mousse de Chocolate, de uma cremosidade ímpar (de R$ 100 com 500ml a R$ 260, com 1,5l).

Mas aquele que se tornou o carro-chefe da marca leva o nome de Gâteau Tante Andrée (R$ 150 a R$ 288). Trata-se de uma versão do tradicional moelleux au chocolat, que é como os franceses chamam um bolo de interior bem cremoso e sabor intenso de cacau. “Ele agrada facilmente a todos os públicos por sua textura e pela doçura comedida”, diz Ana.

E, apesar dessa raiz tão profunda na clássica confeitaria francesa, há espaço para alguma brasilidade. Além da Tarte au Citron, torta de limão feita a partir de uma base de pâte brisée e lemon curd, mais cítrica, Ana também prepara o doce ao estilo do que é popular por aqui, com recheio à base de leite condensado e cobertura de merengue (R$ 110 a R$ 157). Afinal, o importante é adocicar todos os paladares.

Torta de limão no estilo brasileiro, com leite condensado no recheio, também faz parte do portfólio da marca / Divulgação

Gâteaux à Croquer: encomendas via WhatsApp: (11) 99227-3117  ou direct da marca no Instagram.