Doces de tabuleiro: chef ensina a fazer queijadinha
Lisiane Arouca, chef confeiteira do Grupo Origem, compartilha a história e o preparo da tradicional queijadinha, destacando a influência portuguesa e africana na sobremesa
Em uma conversa com Dani Filomeno, a chef confeiteira Lisiane Arouca, do Grupo Origem, compartilhou sua paixão pelos doces e os segredos por trás de uma das iguarias mais emblemáticas da região: a queijadinha.
Lisiane, que brinca ter nascido com um paladar voltado para o doce, explica que a queijadinha é um exemplo perfeito da fusão de influências na culinária brasileira. “Ela veio de uma herança portuguesa, como a maioria dos nossos doces aqui da Bahia”, disse a chef.
A importância dos ingredientes locais
A chef enfatiza a importância de usar coco fresco na receita, destacando que este é superior ao coco seco. Além disso, Lisiane apresenta um ingrediente peculiar da região: o licuri. “Ele é muito importante para nós nordestinos, porque cresce na seca”, explica ela, ressaltando a versatilidade deste item tanto em preparações doces quanto salgadas.
A entrevista também revela como Lisiane traduz a riqueza da gastronomia baiana em suas criações. Uma de suas sobremesas favoritas combina um bolinho de tapioca com ambrosia, sorvete de coco queimado e maracujá, exemplificando a fusão de sabores e texturas que caracteriza a culinária local.
Tradição e inovação na confeitaria baiana
Lisiane Arouca demonstra como sua confeitaria é uma “tradução” do caldeirão cultural que é a gastronomia baiana. Sua abordagem incorpora elementos de ancestralidade, cultura africana e religião, todos servidos à mesa de forma criativa e respeitosa.
A chef não apenas preserva as tradições, mas também as reinventa, oferecendo aos apreciadores da culinária baiana uma experiência que é ao mesmo tempo familiar e inovadora.