3 restaurantes clássicos de Curitiba que todo mundo precisa conhecer

Em sua coluna de estreia, a criadora de conteúdo Caroline Grimm indica casas na capital paranaense que resistem ao tempo e servem pratos tradicionais no centro da cidade

Parmegiana do Maneko's, bar e restaurante que funciona desde a década de 1980 no centro de Curitiba
Parmegiana do Maneko's, bar e restaurante que funciona desde a década de 1980 no centro de Curitiba Caroline Grimm

Caroline Grimmcolaboração para o Viagem & Gastronomia

Curitiba

Curitiba, a capital do estado do Paraná, na região sul do Brasil, tem alguns clássicos da gastronomia que duram gerações e se tornaram ícones da cidade.

Na estreia de Caroline Grimm, uma apaixonada pela arte de comer bem, como colunista do CNN Viagem & Gastronomia, ela traz três restaurantes que todo curitibano e turista precisa conhecer.

São casas no centro da capital paranaense que possuem pratos tradicionais da cozinha brasileira e que apresentam um ambiente familiar, com atmosferas simples e que agradam os mais diferentes públicos.

Maneko’s Bar

Inaugurado em 1988, o nome do Maneko’s deriva do apelido do dono, Manoel Alves, que comanda até hoje o boteco mais autêntico da cidade.

Frequentado por todo tipo de público – políticos, empresários, aposentados, boêmios ou trabalhadores da região – aqui todos estão atrás de comida boa, sem frescura, daqueles pratos sempre servidos exatamente da mesma forma. Afinal, é isso o que buscamos em um clássico.

O cardápio conta com pratos como mocotó (R$ 47), dobradinha (R$ 43), bife à parmegiana (R$ 42), bolinho de carne (R$ 8) e moela (R$ 30), além dos pratos do dia – de virado à paulista (R$30) na segunda até o bife à rolê (R$30) na sexta-feira.

Minha sugestão? O bife à parmegiana é imperdível e conta com um verdadeiro fã-clube. É batido bem fininho, crocante, servido com um molho rústico com pedaços de tomates, cebola e azeitona. Acompanha arroz, feijão e salada.

A língua também foi das melhores que já comi, incrivelmente macia e bem temperada. Mas, acredite, qualquer prato do cardápio fará o seu dia mais feliz!

Alameda Cabral, 19 – Centro, Curitiba – PR / Telefone: (41) 99945-2709 / Aberto de segunda a sexta das 9h às 23h, sábado das 9h às 18h.

Cantina Baviera

O Baviera completou cinco décadas de existência no último dia 10 de maio – e tudo isso sem nunca ter alterado o cardápio. Comandado até o final do ano passado pelo fundador Giovanni Muffone, a casa quase fechou, pois Muffone não conseguia mais gerir o local em razão da idade avançada.

Foi então que um antigo cliente, que tinha um vínculo emocional com o lugar, resolveu assumir a direção deste que é um dos restaurantes mais queridos dos curitibanos. Márcio Borges, o novo proprietário, havia fechado seu primeiro grande negócio no Baviera anos antes e também foi ali onde levou sua esposa, então namorada, para jantar pela primeira vez.

Vale destacar que nada foi mudado, nem a decoração, que remete ao estilo alemão da Bavária (de onde vem o nome do restaurante), nem no cardápio, nem na equipe – o funcionário mais recente tem 37 anos de casa.

O restaurante tem aquele ar aconchegante e romântico trazido pela luz de velas. Há diversas peças de antiquário pelos cantos que Giovanni gostava de colecionar. Dica: tente pedir uma mesa no andar superior, que, além de mais reservado, oferece uma vista privilegiada do espaço.

Já o cardápio conta com pratos da cozinha francesa, como a obrigatória soupe à l’oignon (sopa de cebola, R$ 48 individual e R$ 80 para duas pessoas), pizzas (as grandes variam de R$ 78 a R$ 115) e calzones (grandes a R$ 110).

Não poderiam faltar os pratos tradicionais como o filé à parmegiana (R$ 175), o strogonoff de mignon (R$ 165) e pratos criados no próprio restaurante, como o filé do patrão (R$ 175), com filé-mignon grelhado com batatas fritas à Baviera, e o espeto de mignon com pétalas de cebola (R$ 175), todos para duas pessoas.

Independente de qual for a escolha, peça a farofa à moda da casa (R$ 36), que leva ovos e azeitonas e come-se de colher. As porções são muito bem servidas e os pratos para dois alimentam facilmente três ou quatro pessoas.

Para a sobremesa há opções mais “light”, como a goiaba com ricota caseira (R$ 28) ou a ricota ao vinho do porto (R$ 32), e opções mais açucaradas, como o pudim de caramelo (R$ 25).

Alameda Augusto Stellfeld, 18 – Centro, Curitiba – PR/ Telefone: (41) 3232-1995 / Aberto todos os dias do ano das 18h à 0h, fecha somente no Natal e Ano Novo / Reservas via telefone e site

Restaurante São Francisco

O Restaurante São Francisco está entre os mais antigos da cidade, fundado em 1955. Quem comanda a casa até hoje é Valentim Muiños Vasquez, filho do fundador.

O local fica numa casa histórica no centro de Curitiba e é daqueles cenários em que o tempo parece ter parado. Paredes com diversos quadros com reportagens antigas de jornais, pregos onde são espetadas as comandas e o bar, que permanece imutável há quase 70 anos, são algumas das características do ambiente.

A casa traz petiscos como bucho à milanesa (R$ 18) e a deliciosa casquinha de siri (R$ 13), além de uma grande variedade de preparos de carnes, peixes e camarão, tendo como destaque absoluto a parmegiana. Esta pode ser de frango, alcatra, coxão mole ou mignon (R$ 65, servindo facilmente de duas a três pessoas).

Além do cardápio regular, há os tradicionais pratos do dia – como é o costume deste estilo de restaurante. É bom chegar cedo, pois os pratos mais disputados costumam acabar logo. Há desde dobradinha à portuguesa (R$34) às terças até rabada à moda da casa (R$ 45) às quintas e feijoada (R$50) às quartas e aos sábados.

Rua São Francisco, 154 – Centro, Curitiba – PR / Telefone: (41) 3224-8745 / Aberto de segunda a sexta das 11h às 15h30, sábado das 11h às 17h.

Sobre Caroline Grimm

A criadora de conteúdo gastronômico Caroline Grimm/ Arquivo pessoal

Curitibana, médica de formação e gastrônoma de coração, Caroline Grimm também é criadora de conteúdo e acumula milhares de seguidores nas redes sociais. Como ela mesma descreve, vive para cozinhar, comer, beber e viajar – não necessariamente nesta ordem, mas sempre em busca das melhores experiências.