10 lugares em BH para comer Queijo Minas Artesanal de maneiras diferentes
De sorvete de pão de queijo a entremet: conheça lugares na capital mineira para comer Queijo Minas Artesanal - tombado como Patrimônio Imaterial da Humanidade! - de forma nada óbvia
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Dizem por aí que nada pode envaidecer mais o mineiro do que seu queijo. A relação de amor é tão forte que fez com que a Unesco reconhecesse o modo de fazer do Queijo Minas Artesanal (QMA) como Patrimônio Cultural da Humanidade. Essa é a primeira vez que os modos de fazer de um alimento brasileiro recebe esse título mundial.
O QMA é produzido de forma manual há três séculos e, atualmente, se estende por 106 municípios divididos em dez regiões reconhecidas pelo estado – Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serro, Triângulo Mineiro, Serras da Ibitipoca, Entre Serras da Piedade ao Caraça e Serra do Salitre.
No entanto, esse número oficial não conta com as produções caseiras. Difícil é encontrar uma casinha na roça que não faça pelo menos um queijinho para o consumo familiar. O alimento está presente no cotidiano do povo das Gerais e não se restringe a ser servido com cafezinho coado na hora. Nem é apenas o protagonista do pão de queijo. E muito menos pode ser definido somente como o par perfeito da goiabada cascão.
Por isso, confira uma lista com estabelecimentos em Belo Horizonte onde você pode provar esse patrimônio de formas distintas. Tem desde degustação até sorvete de pão de queijo. “Ópcevê” quanta criatividade. Também com um trem bom desse…
Carrinho do Trintaeum
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É o mais novo endereço da cidade a apostar em uma gastronomia mineira contemporânea. Comandada pela chef Ana Gabi Costa, a cozinha aposta em ingredientes sazonais e, em sua maioria, vindos do estado. “Só sal e óleo que são comprados fora”, brinca a chef. Por ali é possível fazer a Degustação Guiada de Queijos Mineiros. O serviço traz uma seleção de nove queijos de distintas regiões que são harmonizados com produtos como geleias, compotas, meles e vegetais confitados. A curadoria tem assinatura do especialista Eduardo Girão. Para viver a experiência, é preciso fazer reserva e o valor é de R$ 180 por pessoa.
Trintaeum Restaurante: Rua Professor Antônio Aleixo, 20, Lourdes / Tel.: (31) 97141-7308 / Funcionamento: Terça a sexta das 12h às 15h30 e 19h às 23h; sábado das 12h às 16h e 19 às 23h; e domingo das12h às 16h.
Entremet do Pacato
Caio Soter escolheu o queijo como tema seu atual menu Vida e Tempo. Além do próprio queijo minas – que vem de diversas regiões do estado – o chef também usa soro, mofo e pingo, elementos que fazem parte do processo de produção. “O objetivo desse cardápio é levar o comensal em uma jornada pela história do queijo em Minas Gerais, mostrando sua versatilidade, sua multiplicidade e como é um produto tão intimamente ligado à essência do mineiro”, diz Caio. No menu degustação, o sétimo tempo é o entremet de queijo Luiza, uma verdadeira homenagem às quitandas mineiras: broa, doce de leite e café – com finalização de calda de queimadinha. O valor do menu degustação é de R$ 330,60 por pessoa.
Pacato: Rua Rio de Janeiro, 2735, Lourdes / Tel.: (31) 98324-8736 / Funcionamento: quarta a sexta, das 12h às 15h; quarta a sábado, das 19h às 23h; sábado e domingo, das 12h às 16h.
Waffle de pão de queijo da Zuzunely
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Com assinatura de Oscar Niemeyer, a casa onde um dia viveu o escritor Fernando Sabino é hoje a cafeteria Zuzunely, especializada em brunch. Entre as delícias do cardápio, há o waffle de pão de queijo (R$ 42 para um e R$ 59 para dois) que pode vir com cinco diferentes opções de acompanhamentos: chutney de tomates, cream cheese de ervas, cream cheese tradicional, manteiga e goiabada. O cliente ainda tem a opção do sanduíche de waffle que vem com cream cheese, lombinho defumado e chutney de tomates da casa (R$ 38 para um e R$ 54 para dois). “É muito diferente do waffle tradicional, que lembra uma panqueca. Fazemos uma massa de pão de queijo, escaldando o polvilho, misturando os ovos caipiras, queijo minas curado ralado e sal para depois sovar”, explica a chef Bruna Haddad.
Zuzunely: Rua Araguari, 1000, Santo Agostinho / Tel.: (31) 97190-2436 / Funcionamento: terça a domingo, das 8h30 às 15h (cozinha até 14h30).
Pizza de jiló da Panorama
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Além de ficar localizada na rua Sapucaí, sinônimo de boemia na capital mineira, no bairro Floresta, a Panorama Pizzaria aposta em recheios que têm a cara de Minas. Todas as redondas levam nome que homenageiam símbolos belo-horizontinos. A pizza Guajajaras é feita com queijo Canastra, ragu de rabada, lascas de pimenta-biquinho e agrião (R$ 72). Outra opção em que o queijo minas artesanal é protagonista é a Municipal, queijo Canastra, crispy de bacon, conserva de jiló e cebola e tomatinho uva (R$ 66). “A gente usa um Canastra curado que vem de uma cooperativa de Medeiros. O diferencial é que ao usar um produto local, valorizamos a nossa cultura, o produtor e ainda movimentamos a economia que gira ao redor do queijo”, explica o sócio Lucas Brandão.
Panorama Pizzaria: Rua Sapucaí, 533 – Floresta / Tel.: (31) 2510-5002 / Funcionamento: domingo e segunda, das 18h às 23h, e terça a sábado, das 18h às 23h30.
Fonduta do Omilía
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O restaurante localizado em Nova Lima traz uma gastronomia contemporânea assinada pelo chef Gabriel Trillo. “Nossa ideia é trazer a mineiridade para o prato e nenhum produto é mais emblemático que o nosso queijo artesanal. Temos vários pratos em que usamos o insumo, como a tilápia empanada na farinha de pão de queijo”, explica o chef. Sempre em busca de utilizar ingredientes vindos de pequenos produtores, Gabriel também aposta no defumado da parrilla, que é usada no preparo de carnes, frutos do mar e legumes. No menu, está também o medalhão de filé mignon grelhado ao molho cremoso de café e linguini na fonduta de queijos mineiros e pimenta calabresa (R$ 99).
Omilia Restaurante: Alameda do Morro, 72, Vila da Serra / Tel.: (31) 99724-2038 / Funcionamento: terça a sábado, das 12h à 0h; e domingo, das 12h às 17h.
Broa do Comercial Sabiá
A broa mais famosa de BH é a do Comercial Sabiá, que tem loja no Mercado Central e na Savassi. A receita vem da avó da proprietária, Luciana Lenzzi Moreira. Dona Ione, a matriarca, morava em uma fazenda e ela mesma fazia o queijo que servia de recheio para a broa de fubá. Hoje, as que são vendidas no estabelecimento são recheadas com queijo da Canastra e custa R$ 12, a fatia. Macia e com uma grossa camada de queijo derretido, ela perfuma todo o corredor quando tirada do forno. Em média, são preparados 20 tabuleiros – daqueles antigos com amassadinhos provocados pelo uso de mais de três décadas – por dia.
Comercial Sabiá: Avenida do Contorno, 6393, Savassi / Tel.: (31) 3309 9452 / Funcionamento: segunda a sexta, das 7h30 às 19h; sábado, das 8h às 13h ou Mercado Central, lojas 151 a 160, Centro / Tel.: (31) 3653-8725 / Funcionamento: segunda a sábado, das 7h às 18h, e domingo, das 7h às 13h.
Croissant da Du Pain
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Ronaldo Souza costuma dizer que os mineiros já nascem comendo queijo. “Está enraizado na nossa cultura desde que nos entendemos por gente”, afirma. “Então, nada mais justo do que trazer para as nossas atividades um produto que diz tanto da nossa origem”, completa. Desde o início da padaria, há quase nove anos, no Mercado Central – e hoje também com unidade no Vila da Serra – o queijo da Canastra é ingrediente obrigatório em várias receitas. “Mas há quase 40 anos sou consumidor fiel”, brinca. Para Ronaldo, além do sabor e da textura, esse queijo representa bem o trabalho artesanal, a estrutura do produtor rural e a agricultura familiar. Atualmente, a padaria trabalha com dois fornecedores: o Queijo do Ivair e o Capim Canastra. Eles aparecem no Pão Canastra, pão italiano feito com farinha orgânica, fermentação longa e natural com recheio de queijo, azeite e alecrim, assado direto na pedra (R$ 28); e no líder de vendas, o Croissant Canastra (R$ 15).
Du Pain: Mercado Central, Centro / Tel.: (31) 3267-9740 / Funcionamento: terça a sábado, das 8h às 18h; domingo, das 8h às 13h ou Alameda do Ingá, 150, Vila da Serra, Nova Lima / Tel.: (31) 97192-1186 / Funcionamento: sexta, das 12h às 20h; sábado, das 8h às 20h; e domingo, das 8h às 14h.
Risoto do La Palma
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Há pelo menos 7 anos, a chef Naiara Faria tem sempre um Canastra na cozinha do seu La Palma, no bairro Aeroporto, na região da Pampulha. Ele é usado tanto na produção dos petiscos, quanto nas entradas e pratos principais. “É intenso, um pouco picante. É um sabor que preenche a boca”, diz. No menu, destaque para o risoto de queijo Canastra e couve que pode ser servido com galeto ao molho de ervas (R$ 93,90) ou bife de chorizo ao molho de amêndoas (R$ 146,90). “O queijo faz parte da nossa história e com qualidade muito superior a outros de fora já consagrados. Com certeza, é uma joia da nossa terra”.
La Palma: Rua Professor Jerson Martins, 146, Aeroporto / Tel.: (31) 3441-4455 / Funcionamento: segunda, das 17 às 23h; terça a sábado, das 11h30 à 0h; e domingo, das 11h30 às 18h.
Sorvete de pão de queijo d’A Pão de Queijaria
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O Canastra é usado nas receitas desde a fundação da casa, em 2014. Atualmente, o produto utilizado é da Roça da Cidade, do produtor João Leite. Ele aparece no pão de queijo simples (R$ 7), mas o que surpreende mesmo a turma é o sorvete de pão de queijo (R$ 29, servido com crocante de castanha-do-Pará e melado de cana), uma invenção em parceria com a Alento. Talita Vizo, dona da sorveteria, explica que não é um sorvete de creme com pedaços de pão de queijo. Muito pelo contrário. O Canastra é inserido na massa, que leva também queijo ralado e, só depois, croutons de pão de queijo. “O mais interessante é que ele preserva até mesmo a crocância”, diz Talita.
A Pão de Queijaria: Rua Antônio de Albuquerque, 856, Savassi / Tel.: (31) 2512-6360 / Funcionamento: domingo e segunda, das 9h às 20h; terça a sábado, das 9h às 21h30 ou Avenida Álvares Cabral, 356, Lourdes / Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 21h; sábado, das 9h às 20h; e domingo, das 9h às 14h30. Confira outros endereços no site.
Tábua do Caê
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O Caê, do chef Caetano Sobrinho, é um restaurante conhecido por trazer comida boa e descomplicada. Com um jeitão de bar, há várias opções para compartilhar. Apaixonado pela serra da Canastra, Caetano é um frequentador assíduo e já comprou seu pedaço de terra por lá. Mas essa paixão, no entanto, não restringe suas escolhas a apenas uma região produtora. No cardápio, a tábua de queijos Minas artesanais servida com porchetta, picles de beterraba e mangada (R$ 89) vem com diversas opções como casca florida, mais de 60 dias de cura, mofado, fresco e defumado. “É um dos pratos que mais gosto porque estou sempre mudando. Toda semana vou ao mercado e tento colocar algo novo ou dar oportunidade para algum produtor”, diz Caetano. A seleção serve até quatro pessoas.
Caê Restaurante e Bar: Rua Outono, 314, Carmo / Tel.: (31) 2528-2244 / Funcionamento: terça a quinta, das 18h à 0h; sexta e sábado, das 12h à 0h; e domingo, das 12h às 17h.
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