Maldivas suspendem todas as restrições para visitantes
País insular está optando por permitir a entrada de turistas sem testes do novo coronavírus ou com um período obrigatório de quarentena
As Maldivas estão reabrindo a todos os visitantes no próximo mês, sem restrições. Um porta-voz do conselho de turismo confirmou que o destino do Oceano Índico receberá de volta turistas de todas as nacionalidades em julho.
Enquanto um projeto preliminar indicava que os viajantes precisariam apresentar um atestado médico confirmando a prova de um teste da Covid-19 negativo, a nação insular está optando por permitir a entrada de turistas sem testes anteriores ou com um período obrigatório de quarentena. Também não há novos requisitos de visto ou taxas adicionais.
Atualmente, qualquer pessoa com um iate ou jato particular pode ir para lá, mas os viajantes regulares terão que esperar mais algumas semanas.
No mês passado, as Maldivas, que fecharam suas fronteiras em março, anunciaram uma reabertura em fases que indicava que os voos para o seu principal aeroporto internacional seriam retomados em julho.
“Estamos planejando reabrir nossas fronteiras para visitantes em julho de 2020”, dizia uma declaração oficial emitida pelo Ministério do Turismo em 30 de maio.
A declaração enfatizou que os hóspedes não receberão nenhuma taxa adicional, referenciando relatórios de taxas extras de visto de turista e taxas de desembarque.
Pronto para reabrir
As Maldivas registraram quase 2.000 casos confirmados e cinco mortes pela Covid-19.
Embora o país esteja fechado para turistas internacionais desde o registro de seus primeiros casos, cerca de 30 resorts permaneceram abertos, com os hóspedes optando por se isolar lá em vez de voltar para casa.
As autoridades sugeriram anteriormente que o popular destino de lua de mel fosse reaberto no final do ano, mas isso foi antecipado.
Para garantir a segurança, o governo diz que está emitindo uma “Licença de turismo seguro” para credenciar instalações turísticas que cumpram a legislação do estado e requisitos específicos de segurança, como ter um médico certificado de plantão e manter um “estoque adequado” de equipamentos de proteção individual.
A proposta original sugeria que os viajantes que chegassem precisariam ter uma reserva confirmada em uma instalação turística com uma licença, mas parece que esse não é mais o caso.
Em comunicado divulgado no mês passado, Ali Waheed, ministro do Turismo do país, descreveu o impacto da pandemia do novo coronavírus como “mais devastador que o tsunami de 2004 e a crise financeira global de 2008”.
“Pela primeira vez em 47 anos de turismo nas Maldivas, experimentamos a chegada zero de turistas desde março deste ano”, falou. “Não podemos manter nossas fronteiras fechadas por muito tempo”.
As Maldivas receberam mais de 1,7 milhão de visitantes em 2019 e as autoridades esperavam que o número aumentasse para dois milhões este ano.