Onde os bartenders bebem? Com Gabriel Queiroz, do Amargot, em São Paulo
Quer saber onde os bartenders mais famosos do Brasil bebem? Gabriel Queiroz, sócio do Mahau e do Amargot, abre o jogo
Gabriel Queiroz é empresário do setor de entretenimento e especialista em bebidas. No início deste ano abriu o Amargot, em frente ao Mahau, no Itaim Bibi, em São Paulo, outro empreendimento do qual também está no comando ao lado de outros sócios.
A carta de drinques do Amargot foi criada por Gabriel ao lado do mixólogo e bartender Sylas Rocha. A dupla pensou individualmente em cada coquetel, entendendo a particularidade de cada bebida.
Gabriel descreve a casa como um local “para apreciar o amargo, uma casa de coquetéis para quem quer aprender a beber, de maneira descomplicada e se desvencilhando dos clichês. Para quem já gosta, a experiência pode ser elevada a outro nível. Resumindo, o Amargot é um manifesto pela coquetelaria de qualidade, real e democrática!”.
Quando Gabriel não está no comando do Amargot (o que é raro), ele circula pela cidade atrás de bons drinques. Aqui, uma pequena amostra dos seus bares favoritos.
Caledônia
Coquetéis com uísque sempre me encantaram, mas a experiência do balcão do Caledônia é uma aula de história e cultura de uísque que me apaixona mais e mais a cada visita.
O projeto do O Cão Engarrafado com Rodolfo Bob é algo muito diferente do que costumamos ver em São Paulo. Minha dica é pedir uma explicação da história da carta e se deliciar com a experiência, que vem junto com um dos espaços mais bonitos e intimistas da cidade.
Rua Vupabussu, 309 – Pinheiros – São Paulo – SP / WhatsApp.: (11) 93022-2291 / Horário de funcionamento: terça a sábado, das 18h às 00h / Não abre aos domingos e segundas.
Koya 88
O Koya 88 é um dos grandes destaques da boa coquetelaria que vem se desenvolvendo no centro de São Paulo.
Com ótima cozinha, ambiente à meia luz aconchegante e mesas na rua, o bar entrega uma carta de drinques de alta qualidade.
Thiago Pereira, sócio e responsável pelas criações da casa, fez um casamento incrível de ingredientes orientais com coquetelaria clássica. Meu destaque fica para o Ume Negroni, bem encorpado e levemente salgado.
Rua Jesuíno Paschoal, 21 – Vila Buarque – São Paulo – SP / Horário de funcionamento: terça a sexta, das 19h às 00h, sábado, das 17h às 00h30, e domingo, das 17h às 22h (fecham no primeiro e último domingo do mês).
Amargot
É muito clichê eu falar do meu próprio bar, mas estaria mentindo se não colocasse o bar que eu mais bebo nessa lista.
O Amargot tem um conceito totalmente fora do eixo do Itaim Bibi: desde as músicas, o ambiente e a maneira de comunicar com o cliente, o bar inteiro é um respiro alternativo no meio do “condado farialimer”.
Mesmo com o nome mostrando a nossa preferência, a carta é bem versátil, e atende a todos os gostos de quem quer tomar bons coquetéis.
Caso eu não esteja no balcão, Thiago também oferece drinques incríveis para todos os gostos.
Rua Professor Atílio Innocenti, 229, Itaim Bibi / Horário de funcionamento: quarta, das 18h à 1h; quinta e sexta, das 18h às 2h; sábado, das 14h às 4h; e domingo, das 14h à 00h.
Bar do Toninho (ex-Confessionário)
O Bar do Toninho, ex-Confessionário bar, entrega uma experiência de boteco raiz com a chancela de qualidade dos donos do Guarita Bar, Jean Ponce e Greg Caisley.
Muito além do peso desses nomes, a experiência de tomar um bom drinque com petiscos de muito valor afetivo, no meio do Largo da Batata, é algo inestimável para a cultura gastronômica da região.
Quando passar por lá, não deixe de provar o coquetel Terra da Garoa, que quebra muito os paradigmas de que coentro tem gosto de sabão.
R. Campo Alegre, 86 – Pinheiros, São Paulo – SP / Horário de funcionamento: quarta e quinta, das 17h às 23h30; sexta, das 17h às 00h30; sábado, das 15h às 00h30; e domingo, das 15h às 23h30.
Bar do Luiz Nozoie
O boteco mais raiz de todos é o Bar do Luiz Nozoie. Comandas de papel, estoque limitado, ambiente que permanece igual nos últimos 60 anos.
Todos esses ingredientes tendem a ser a fórmula de mais um dos vários botecos espalhados por esse país. Mas lá, a magia é diferente.
A cerveja é gelada num antigo balcão que guardava sorvetes, o que garante que a temperatura seja das mais baixas que já tomei na vida. Os petiscos, feitos de maneira extremamente caseira, tem gosto de comida de vó, e são sempre servidos quentinhos e na hora.
Mas a cereja do bolo são as batidas da casa, que completam a experiência do verdadeiro bar que define a cultura de butiquim.
Av. do Cursino, 1210 – Bosque da Saúde – São Paulo – SP / Tel.: (11) 5061-4554 / Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 17h30 às 22h, e sábados das 12h às 17h. Não abre aos domingos e feriados.