Zuckerberg ganha US$ 12,4 bi em um dia com dados da Meta; brasileiro Saverin ganha US$ 1,9 bi
Brasileiro dono de 2% da Meta abocanhou quase US$ 2 bilhões com valorização da empresa nesta quinta-feira (2)
Na quinta-feira (2), o patrimônio líquido do fundador da Meta Platforms, Mark Zuckerberg, aumentou US$ 12,4 bilhões, chegando a um total de US$ 66,8 bilhões (R$ 340,84 bilhões).
Zuckerberg registrou seu melhor dia até agora — desde que abriu o capital do Facebook, em maio de 2012 — com as ações da Meta disparando 23% na quinta-feira, após a divulgação do relatório de ganhos da empresa de mídia social, que superou as expectativas dos analistas.
“Nossa comunidade continua a crescer e estou satisfeito com o forte engajamento em nossos aplicativos que atingiu a marca de 2 bilhões de ativos diários”, disse Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, no balanço da empresa.
Segundo ele, os progressos estão no mecanismo das redes sociais de descoberta de Inteligência Artificial e os Reels, os principais impulsionadores disso. “Além disso, nosso tema de gestão para 2023 é o ‘Ano da Eficiência’ e estamos focados em nos tornar uma organização mais forte e ágil”, declarou.
Hoje, ele é a 16ª pessoa mais rica do mundo, de acordo com o rastreador de bilionários em tempo real da Forbes, mas já esteve melhor.
O CEO da Meta perdeu mais da metade de sua fortuna desde setembro de 2021, caindo do terceiro lugar na lista das 400 das pessoas mais ricas dos EUA para o número 11. De lá para cá, veio perdendo ainda mais seu capital, principalmente com o destaque de outras redes sociais, como o Tik Tok, por exemplo.
Ao longo de 2022, Zuckerberg perdeu US$ 78 bilhões (R$ 397,98 bilhões) de sua fortuna, período em que a receita de publicidade da Meta diminuiu e as ações caíram.
Cenário da Meta
O aumento no patrimônio líquido de Zuckerberg acontece depois de um 2022 de perdas para a empresa que ele detém a grande maioria do seu dinheiro. A Meta demitiu 11.000 funcionários no final do ano passado e registrou uma queda de 41% no lucro anual.
Apesar de ter superado as expectativas, a divulgação de resultados de quarta-feira (1) trouxe algumas perdas relevantes. O Reality Labs, setor de realidade virtual e aumentada da Meta, marcou um prejuízo operacional trimestral de US$ 4,3 bilhões.
Ainda de acordo com o balanço, a Meta também mostrou uma queda de 4,5% na receita do quarto trimestre, comparando com o mesmo período do ano anterior. Entretanto, foi abaixo do que esperava o mercado (queda de 6,5%), surpreendendo os investidores.
Brasileiro Eduardo Saverin
Detentor de 2% das ações da Meta, o brasileiro Eduardo Saverin, teve uma alta em seu patrimônio de US$ 1,91 bilhão com esse salto no valor da companhia. Segundo a Forbes, sua fortuna hoje é de US$ 10,5 bilhões.
Em fevereiro do ano passado, Saverin estava no topo da lista do brasileiro mais rico do país. Mas, devido à queda dramática da cotação de sua fatia acionária na Meta, Saverin passou a ocupar a segunda posição da lista, ficando atrás de Jorge Paulo Lemann.
Morando em Singapura desde 2012, o cofundador do Facebook mantém a B Capital, empresa de investimentos focada em startups. Seu raio de ação se concentra principalmente na Ásia e nos EUA. Uma de suas apostas mais recentes foi a empresa de cibersegurança Perimeter, de Israel.
Em 2022, Saverin chegou a fazer movimentações para listar a B Capital na bolsa de Nova York, mas acabou desistindo da operação por causa da volatilidade do mercado.