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    Uber Eats vai deixar de fazer entregas de restaurantes a partir de 8 de março

    Empresa anunciou que aplicativo vai focar na entrega de itens de supermercados e conveniências; modalidade de pagamento em dinheiro fica indisponível a partir desta quinta (6)

    Léo Lopesda CNNFernando Nakagawado CNN Brasil Business , em São Paulo

    A Uber anunciou, nesta quinta-feira (6), que o aplicativo Uber Eats vai deixar de fazer entregas de restaurantes a partir do dia 8 de março.

    “Nosso principal objetivo daqui para frente será oferecer acesso à seleção de supermercados, lojas especializadas, pet shops, floriculturas, lojas de bebidas e outros artigos no aplicativo”, informou a empresa em nota.

    A Uber afirmou que a decisão foi tomada para concentrar esforços na parceria com a startup chilena Cornershop para entrega de itens de conveniência e mercado.

    Em outubro de 2019, a Uber comprou participação majoritária da Cornershop e integrou os pedidos de supermercado ao aplicativo do Uber Eats.

    No Brasil, a Cornershop opera desde janeiro desde 2020. Atualmente, o serviço está disponível na seguinte lista de cidades: regiões metropolitanas de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Jundiaí, Macaé, Maceió, Manaus, Natal, Novo Hamburgo, Piracicaba, Porto Alegre, Presidente Prudente, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Uberlândia e Vitória.

    A empresa afirma que espera expandir a lista de cidades ao longo de 2022.

    Para os locais que entregavam apenas pelo Uber Eats, a empresa afirma que está “oferecendo todo o suporte aos restaurantes durante esse período de mudanças”.

    “Mas a eventual escolha de utilização de outro app de delivery é do próprio restaurante, portanto, nossa recomendação é entrar em contato direto com o mesmo”, complementa a Uber.

    Atualmente, a Uber tem cerca de 1 milhão de motoristas e entregadores parceiros no Brasil, sendo 50 mil dedicados à Uber Eats. Motociclistas e ciclistas atualmente nessa plataforma serão incentivados a migrarem para outros serviços de entrega da própria empresa, como o “Flash Moto” e o “Direct”. Ambos não envolvem alimentos prontos.

    Entre os clientes, a Uber informa que tem cerca de 25 milhões na plataforma de delivery de comida no Brasil. A empresa não informa o número de restaurantes cadastrados.

    O Uber Eats também anunciou que a partir desta quinta-feira (6) a modalidade de pagamento em dinheiro está indisponível.

    “Todos os usuários conseguirão continuar fazendo pedidos até 7 de Março, porém apenas por meios digitais como cartão de crédito e débito e PIX”, informou a empresa.

    Os usuários que possuem créditos ou promoções no aplicativo para utilização em restaurantes poderão utilizá-los até o dia 7 de março.

    Após essa data, os créditos serão enviados para a “Uber Wallet”, onde podem ser utilizados nos outros serviços da empresa.

    Seguro

    O anúncio da Uber Eats ocorre um dia após ser sancionada a lei que obriga empresas de aplicativos a contratar para seus entregadores seguro para acidentes durante o período de trabalho.

    As apólices não deverão ter franquia e devem cobrir acidentes pessoais, invalidez permanente ou temporária e morte.

    Em entrevista à CNN, o advogado trabalhista Miguel Marin Ruiz afirmou que a lei é “uma grande vitória” para os trabalhadores, pois também prevê a remuneração dos profissionais caso estejam incapacitados para realizar o serviço.

    Ruiz explicou que a nova lei prevê uma cobertura de danos pessoais ao trabalhador, em casos de incapacidade de realização do serviço ou até mesmo de morte. O auxílio financeiro é fornecido é calculado com base nos últimos três meses remuneratórios, explicou o advogado.

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