Twitter e Musk: multa é de US$ 1 bilhão para a parte que não seguir com acordo
Tamanho das taxas de desmembramento, em pouco mais de 2% do valor do negócio, é a média para transações semelhantes


O Twitter e Elon Musk terão que pagar US$ 1 bilhão de multa caso um deles desista do acordo de US$ 44 bilhões que fecharam na segunda-feira (25), segundo um documento detalhando a negociação.
Musk concordou em comprar a empresa após uma breve negociação sobre outros assuntos além do preço, uma vez que o bilionário deixou claro que a oferta de US$ 54,20 por ação era sua “melhor e final”.
O Twitter detalhou alguns desses termos em um documento nesta terça-feira (26), incluindo que deveria a Musk US$ 1 bilhão se a empresa concordasse em ser vendida para outra pessoa ou se seus acionistas votassem contra o acordo.
Musk deveria ao Twitter US$ 1 bilhão por vários motivos, incluindo se ele não conseguir fechar o acordo porque o financiamento – US$ 13 bilhões em dívidas, US$ 12,5 bilhões em empréstimos de margem e US$ 21 bilhões em capital próprio que ele planeja fornecer a si mesmo – não se concretizar.
O tamanho das taxas de desmembramento, em pouco mais de 2% do valor do negócio, é a média para transações semelhantes. Também chamadas de taxas de rescisão, as penalidades destinam-se a impedir que as partes quebrem acordos e trata das despesas e inconveniências de um acordo fracassado. A empresa de mídia social inicialmente resistiu ao avanço de Musk, mas quando ele conseguiu financiamento, tornou-se mais favorável.
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Relembre como foi a negociação entre Elon Musk e Twitter • Brett Jordan/Unsplash
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Em 4 de abril, um documento regulatório foi divulgado mostrando que o dono da Tesla, Elon Musk, havia adquirido em 14 de março uma participação acionária de 9,2% do Twitter • SOPA Images/LightRocket via Gett
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No dia seguinte, Parag Agrawal, CEO do Twitter, anunciou que Musk se juntaria ao conselho de administração da rede social • Divulgação/Twitter
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Em 11 de abril, Musk decidiu não integrar o conselho administrativo da empresa • 13/06/2019REUTERS/Mike Blake
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Em vez disso, Musk decidiu fazer uma oferta para comprar Twitter em 14 de abril. Segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), o bilionário queria comprar todas as cotas que não possuía a US$ 54,20 por ação —o que levaria a empresa a valer US$ 43,4 bilhões • Dado Ruvic/Reuters
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No dia seguinte, o Twitter adotou o chamado "poison pill" (ou pílulas venenosas), um mecanismo para que os sócios que tenham receio de perder o controle de uma companhia dificultem ou, até mesmo, impeçam uma possível aquisição de ações • Reuters
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Em 21 de abril, o bilionário revelou como iria financiar a compra do Twitter: ele investiria US$ 33,5 bilhões, que incluiriam US$ 21 bilhões em ações e US$ 12,5 bilhões em empréstimos. Bancos concordaram em fornecer outros US$ 13 bilhões em dívidas garantidas • Reuters
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Em 24 de abril, o conselho de administração do Twitter se reuniu para discutir a proposta de aquisição de Musk • 27/9/2013 REUTERS/Kacper Pempel/Illustration
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Em 25 de abril, Musk e Twitter chegam a um acordo: o bilionário comprou a rede social por US$ 44 bilhões • REUTERS/Stephen Lam
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