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    Tinder: em tempos de quarentena, app lança recurso de chamada de vídeo

    Aplicativo começará a testar a nova função em quatro estados dos EUA e em outros países

    A pandemia global do novo coronavírus tornou mais difícil para as pessoas saírem em encontros no mundo real, o que levou a um novo normal: o namoro por vídeo.

    O Tinder, aplicativo de serviço de relacionamento, é o mais novo a acrescentar o recurso de chamada de vídeo, facilitando os “matches” dos usuários sem ter que fornecer certas informações pessoais, como número de telefone, e-mail ou detalhes do Zoom.

    Nesta quarta-feira (8), o Tinder – que já foi baixado mais de 340 milhões de vezes –, disse que vai começar a testar a nova ferramenta de vídeo do app nos estados norte-americanos de Virginia, Illinois, Georgia e Colorado, além de em outros países, como Austrália, França, Coreia do Sul e Chile.

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    As pessoas podem indicar que estão interessadas em namoro por vídeo. Se os dois usuários disserem que estão prontos para a chamada, a função será desbloqueada dentro do chat.

    Diferente das chamadas de vídeo tradicionais, nas quais a maior parte do espaço da tela é tomada pela outra pessoa, o “Face to Face” do Tinder divide a tela em duas partes iguais.

    “Ninguém deve ser deixado de lado quando se trata de conhecer alguém”, afirmou a companhia em um blog ao informar sobre o recurso. “Além disso, ajuda a garantir que você está colocando seu melhor rosto diante do ‘match’.”

    Segurança

    O chefe de confiança e segurança de produto do Tinder, Rory Kozoll, disse à CNN que a empresa vinha “conversando sobre desenvolver um recurso de vídeo para o Tinder há anos”, mas acabou priorizando as medidas de segurança pessoais.

    “Há muitas informações valiosas que você pode obter com uma chamada de vídeo, que não se pode conseguir com uma mensagem de texto ou de voz, sobre como a coisa flui com a pessoa e tudo mais”, contou Kozoll.

    A companhia recomenda que as pessoas façam uma chamada de vídeo antes de se encontrarem pessoalmente, como uma precaução de segurança.

    Diversos fatores causados pela pandemia levaram ao desenvolvimento das capacidades de vídeo do app, segundo Kozoll. Entre esses pontos, os novos riscos à saúde com os encontros pessoais e o rápido aumento do uso do vídeo como um meio aceitável, e às vezes preferível, de se comunicar com todos, de colegas de trabalho a amigos e família.

    Outros aplicativos de relacionamentos já incorporaram essa função. O Bumble lançou o recurso de conversa por voz e vídeo em junho de 2019, permitindo que as mulheres ligassem logo que dessem “match” com alguém. O Hinge lançou os recursos de vídeo para usuários do mundo todo em junho de 2020.

    Regras de “etiqueta”

    Antes da chamada de vídeo, o “Face to Face” do Tinder leva as pessoas a concordarem com algumas “regras”, reiteradas nas diretrizes da comunidade: “Sem nudez ou conteúdo sexual. Sem assédio, discurso de ódio, violência ou outra atividade ilegal. Sem conteúdo envolvendo menores de idade”.

    Caberá aos usuários sinalizar certos comportamentos, caso se sintam desconfortáveis. O Tinder disse que, por enquanto, durante a fase de testes, não planeja gravar ou armazenar as conversas de vídeo.

    “Meio que nos consideramos os donos de uma festa. Estamos recebendo nossos amigos, apresentando pessoas umas às outras, e esperamos que elas se deem bem. Mas não é nosso trabalho bisbilhotar cada conversa”, disse Kozoll.

    “Como qualquer anfitrião, contamos com nossos amigos na festa para nos dizer se alguma coisa der errado. E se algo der errado, tomaremos medidas.”

    (Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês.)

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