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    Sonda da Nasa coleta amostras do asteroide Bennu a 321 milhões de km da Terra

    O asteroide pode oferecer aos cientistas uma janela para o estudo do início do sistema solar

     
      Foto: Reprodução/ Nasa

    Gabriel Passeri*, da CNN, em São Paulo

    A nave espacial OSIRIS-REx da NASA desdobrou seu braço robótico pela primeira vez nesta terça-feira (20) e tocou o asteroide Bennu, localizado a 321 milhões de quilômetros da Terra.

    Amostras de poeira foram coletadas da superfície do astro e devem chegar à Terra em 2023 para serem analisadas pela agência.

    O asteroide pode oferecer aos cientistas uma janela para o estudo do início do sistema solar. Como o corpo celeste toma forma há bilhões de anos, suas substâncias podem ter ajudado a semear a vida em nosso planeta. 

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    Um dispositivo de coleta preso ao braço da OSIRIS tocou a superfície do Bennu por cinco segundos e disparou uma explosão de gás nitrogênio, que levantou detritos e coletou o material rochoso para estudo.

    A nave espacial OSIRIS-REx da NASA
     
    Foto: Reprodução/ Nasa

    Se as amostras coletadas forem suficientes, as equipes da missão irão armazená-las e iniciarão a jornada de volta à Terra em março de 2021. Caso contrário, eles se prepararão para outra tentativa em janeiro.

    Jim Bridenstine, administrador da NASA, classifica a missão como primordial “para expandir as fronteiras do conhecimento”. Ele ainda agradece os parceiros industriais, acadêmicos e internacionais que tornaram possível a coleta de “um pedaço antigo do sistema solar”.

    Depois de mais de uma década de planejamento, a equipe está muito satisfeita com o sucesso da coleta, como conta Dante Lauretta, pesquisador da expedição.

    “Embora tenhamos algum trabalho pela frente para determinar o resultado do evento, estou ansioso para analisar os dados e determinar a massa da amostra coletada”, conta. Levará cerca de uma semana para a equipe confirmar a quantidade de amostra coletada pela espaçonave.

    “A manobra de hoje foi histórica”, comemora Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciência Planetária na sede da NASA em Washington.

    “O fato de termos tocado com segurança e sucesso a superfície de Bennu, além de todos os outros marcos que esta missão já alcançou, é uma prova do espírito vivo de exploração que continua a descobrir os segredos do sistema solar.”

    (Supervisão de Evelyne Lorenzetti)