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    Rover da Nasa em Marte captura efeitos das explosões solares no planeta vermelho

    Imagens ajudam a definir estratégia para proteger astronautas durante tempestades de radiação em futuras missões

    Giovana Christda CNN

    O Curiosity, um Rover da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) localizado na superfície de Marte registrou os efeitos das explosões solares do dia 20 de maio no Planeta Vermelho. O fenômeno, que causou auroras boreais e interferências nas operações de comunicação na Terra, atingiu o astro com uma grande quantidade de radiação.

    Utilizando os dados obtidos durante as tempestades os cientistas conseguiram mensurar a dose de radiação que um possível astronauta receberia se estivesse no local do veículo. Nas imagens em preto e branco das câmeras de navegação do Curiosity (veja abaixo) é possível ver listras e manchas brancas causadas por partículas carregadas atingindo os dispositivos, dançando como “neve”, segundo o anúncio da Nasa.

    As explosões do dia 20 de maio foram classificadas como X12 de acordo com dados da espaçonave Solar Orbiter, sendo X o grupo das mais intensas. O Planeta Vermelho foi atingido por raios X e raios gama, além de partículas carregadas de massa coronal — gases em alta temperatura provenientes da coroa solar.

    De acordo com a pesquisa realizada por analistas do Escritório de Análise do Clima Espacial Lua a Marte no Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa, se astronautas estivessem ao lado do Rover Curiosity no momento da tempestade, teriam recebido uma dose de radiação de 8.100 micrograys, o que equivale a 30 radiografias de tórax.

    Essa foi a maior taxa de energia registrada em 12 anos, desde que o veículo pousou na superfície do planeta, mas não seria fatal para um ser humano. Com esses dados é possível fazer preparações para casos de exposição a altos níveis de radiação em futuras missões tripuladas a Marte.

    Em momentos como os de explosões solares seria possível proteger esses astronautas, por exemplo, usando locais da paisagem marciana — como cavernas — para diminuir a exposição às ondas.

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