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    Robô Perseverance, da Nasa, pousa em Marte nesta quinta-feira (18)

    Não existe margem para erro: qualquer falha vai destruir um projeto que custou US$ 2,7 bilhões e 20 anos de planejamento

    Da CNN, em São Paulo

    Só neste mês de fevereiro, três missões espaciais passam a estudar detalhes de Marte. Mas nenhuma dessas viagens têm a complexidade do pouso que a Nasa realiza nesta quinta-feira (18). Se tudo der certo, o robô Perseverance (“perseverança”, em português) vai aterrissar no planeta vermelho e começar uma jornada em busca do elemento fundamental para uma futura colônia: a água.

    Quando for final de tarde, no horário de Brasília, (previsto para 17h55) dezenas de controladores de voo, aqui na Terra, não terão nada o que fazer além de torcer. A partir do momento em que a sonda mergulhar em direção ao solo, começam os chamados “sete minutos de terror”. Esse é o tempo em que a nave vai perder contato com a equipe e sozinha deve executar uma série de manobras coreografadas até que o robô saia da cápsula intacto e no lugar certo.

    Sonda da Nasa
    Imagem da Perseverance, sonda da Nasa que irá buscar vestígios de vida em Marte
    Foto: Reprodução

    A Nasa só vai saber se tudo deu certo quando o computador de bordo enviar uma mensagem com o relatório do pouso. Não existe margem para erro. Qualquer falha vai destruir um projeto que custou US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 14,6 bilhões) e 20 anos de planejamento.

    O desembarque de um robô em Marte já foi feito antes. O Perseverance é o quinto jipe autônomo que os americanos enviam para o nosso planeta vizinho desde 1997. Só que essa missão não é como as outras.

    Primeiro porque o veículo é muito mais sofisticado em comparação com os anteriores. Ele leva um drone que vai fazer imagens aéreas do planeta, mas o mais impressionante nós só vamos ver em 2026, quando um outro veículo, que ainda vai chegar em Marte, irá recolher amostras do solo e vai lançá-las para a órbita. A terceira etapa dessa complexa campanha é a captura da sonda, no espaço, e trazer o material coletado para a Terra. Nem na ficção científica nós vimos algo parecido.

    A vontade de desvendar os mistérios da atmosfera de Marte provocou uma verdadeira corrida pelo conhecimento. Cinco países, mais a União Europeia, mantêm algum tipo de equipamento analisando o planeta vermelho. Por trás do esforço e investimento nessa pesquisa está a maior ambição da exploração espacial: encontrar indícios de vida fora da Terra.

    (Publicado por: André Rigue)