Robô explorador de oceanos é capaz de procurar cidades perdidas e naufrágios
Construção humanóide mergulhou a 852 metros de profundidade e tem sistema de interatividade que permite que operadores sintam tudo como se estivessem mergulhando; veja outras novidades da semana
O oceano está cheio de mistérios e cercado de histórias lendárias. Durante uma recente excursão a um porto ao luar, a conversa rapidamente se transformou em lendas sobre piratas e exploração.
Um guia compartilhou histórias dos dias em que mastros altos e velas ondulantes pairavam sobre os horizontes costeiros –e personagens intrigantes como o Barba Negra e Barbarossa que navegavam pelos mares.
Não pudemos deixar de nos perguntar sobre os segredos que naufragaram com os navios e artefatos perdidos espalhados pelo fundo do oceano. Mas esses locais estão escondidos nas profundezas das ondas, onde os humanos normalmente não conseguem alcançar.
No entanto, um explorador está se aventurando em lugares que nenhum humano jamais esteve.
Segredos do oceano
À primeira vista, o OceanOneK parece um mergulhador descendo pelas águas da costa da França.
Pesquisadores da Universidade de Stanford projetaram o robô para ser submerso e explorar aviões, navios, submarinos e talvez até cidades perdidas afundados. E este ano, o robô humanóide atingiu um novo marco quando mergulhou a 852 metros de profundidade.
O robô tem mãos que podem embalar artefatos inestimáveis e trazê-los à superfície e olhos estereoscópicos que capturam em cores o mundo das profundezas.
Mas outro recurso torna o robô ainda mais especial: um sistema de feedback baseado em toque. Essa interatividade permite que seus operadores sintam tudo o que experimentariam como se estivessem mergulhando –desde a resistência da água, até o toque de objetos como vasos e lamparinas de um antigo navio romano.
Curiosidades
Arqueólogos descobriram pedaços de madeiras reveladoras que podem ter pertencido a um naufrágio com séculos de idade –um que provavelmente inspirou o clássico cult “Os Goonies”.
Uma equipe de voluntários encontrou mais de 20 pedaços de madeira em uma caverna na costa do Oregon, nos Estados Unidos, em junho. As tábuas pertenciam ao naufrágio de 1693, do Santo Cristo de Burgos.
O galeão espanhol não estava carregado de tesouros, mas o folclore local e o destino misterioso do navio viraram contos ao longo do tempo –o suficiente para inspirar Steven Spielberg quando ele criou seu filme de 1985 sobre adolescentes de Astoria que buscavam tesouros de piratas na costa do Oregon. A descoberta reacendeu o interesse em procurar mais partes do naufrágio.
Criaturas fantásticas
Os pinguins podem reinar supremos na Antártida, mas também vivem nas terras selvagens da Patagônia, na América do Sul. Nesses lugares remotos, cientistas e conservacionistas dedicam suas vidas a proteger as aves marinhas que não voam.
Pinguins-gentoo, rei e de Magalhães são como faróis de como os ecossistemas estão respondendo à crise climática.
“É o animal perfeito para conhecer melhor o oceano”, disse a bióloga marinha, Andrea Raya Rey.
A colônia de pinguins-rei na Terra do Fogo desapareceu há 200 anos devido à caça excessiva, mas eles fizeram um retorno inesperado.
Ao redor do universo
Os astrônomos encontraram uma “viúva negra” no espaço, e essa estrela morta cresceu para um tamanho recorde ao se banquetear com outro objeto celeste.
Muito parecido com seu aracnídeo homônimo, a estrela de nêutrons está devorando sua estrela companheira. Este farol cósmico pulsante também gira vertiginosamente 707 vezes por segundo.
A estrela de nêutrons, ou os restos densos e colapsados de uma estrela colossal, pesa mais de duas vezes a massa do nosso sol – tornando-o o mais pesado já observado. Quando esses objetos se tornam muito pesados, eles geralmente colapsam e formam um buraco negro, então este pode ser o limite para as estrelas de nêutrons.
Dino-mite!
Conheça um raro Gorgosaurus, um parente do T. rex –mas com mais velocidade e uma mordida mais forte. O fóssil de 77 milhões de anos foi vendido por pouco mais de US$ 6 milhões esta semana durante um leilão da Sotheby’s.
Este espécime é apenas um dos poucos esqueletos de dinossauros que chegaram ao bloco de licitação –uma tendência que incomoda os cientistas. Quando os fósseis são leiloados, é possível que eles acabem em coleções particulares, o que significa que os paleontólogos não podem estudá-los.
Quem comprou o “lagarto feroz” permanece desconhecido, mas o comprador terá a oportunidade inusitada de nomeá-lo.
Explorações
Relaxe com estas leituras:
Fósseis mostram que os tubarões estão na Terra há mais tempo do que as árvores e os dinossauros –e há um fenômeno oceânico que os está aproximando da costa dos Estados Unidos neste verão.
A primeira missão que irá trazer amostras de outro planeta pousará na Terra em 2033, e dois helicópteros do estilo do robô Ingenuity ajudarão a recuperar as rochas marcianas.
O fotógrafo Joel Sartore está em uma missão para capturar imagens de 20 mil espécies para evitar a extinção de criaturas grandes e pequenas. Veja algumas dessas espécies ameaçadas de extinção pelas lentes de Sartore.