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    Relatórios ‘de perigo’ detalham encontros da Marinha dos EUA com OVNIs

    Documentos descrevem o tamanho e a cor das aeronaves não identificadas

    Relatórios “de perigo” divulgados recentemente detalham os encontros de aviões da Marinha dos Estados Unidos com “fenômenos aéreos não identificados”, revelando informações sobre os incidentes que ganharam os holofotes após o governo norte-americano tirar o sigilo de vídeos de três desses eventos e divulgá-los no fim de abril.

    “A aeronave desconhecida parecia ser pequena, mais ou menos do tamanho de uma mala de viagem, e da cor prata”, informa um dos documentos, de 26 de março de 2014.

    Durante o encontro, um dos jatos da Marinha “passou a pouco mais de 300 metros do objeto, mas não conseguiu determinar a identidade da aeronave”, segundo o relatório, que informou ainda que o piloto da Marinha “tentou recuperar o contato visual, mas não conseguiu”.

    Nessa quarta-feira (13), a CNN obteve documentos do Centro de Segurança da Marinha dos EUA, identificados anteriormente como “somente para uso oficial”. Eles foram publicados primeiro pelo Drive, um site de notícias sobre automóveis e assuntos militares, que obteve os relatórios através de uma solicitação via Lei da Liberdade de Informação.

    Drones?

    Os vídeos divulgados pelo Pentágono no fim de abril mostram objetos voadores não identificados (OVNIs) se movendo rapidamente enquanto eram gravados por câmeras com sistema infravermelho (térmicas). Em dois deles é possível ouvir a reação dos responsáveis pela gravação, que parecem assustados com a velocidade de movimento dos objetos. Um deles questiona se aquilo poderia ser um drone.

    Os relatórios recém-divulgados parecem compartilhar essa avaliação, descrevendo muitas aeronaves não identificadas como “Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT)”, nome oficial utilizado pelo Pentágono para descrever drones.

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    De acordo com outro relatório sobre o incidente de novembro de 2013, um piloto da Marinha “conseguiu visualizar uma pequena aeronave. Ela tinha cerca de 1,5 metro de envergadura e era branca, sem outras características distinguíveis”.

    “Em razão do tamanho reduzido, ela foi classificada como um VANT”, informou o documento.

    Outro relatório, de 27 de junho de 2013, descreve o encontro “com uma aeronave da cor branca e aproximadamente o tamanho e forma de um drone ou míssil”.

    Mas os documentos informam que, ainda que os objetos não identificados sejam classificados como drones, os militares não conseguiram identificar quem estava operando cada um deles, apresentando um grande desafio em termos de segurança para o treinamento dos jatos da Marinha na região, cujo espaço aéreo tem acesso restrito, na costa leste da Virgínia.

    “Após o voo, a agência de controle entrou em contato com diversos operadores locais de VANTs, mas nenhum deles disse conhecer a aeronave não identificada’, informou o relatório de novembro.

    “Sinto que pode ser apenas uma questão de tempo até que um dos nossos jatos colida no ar com um VANT não identificado”, alertou um dos autores do documento. “De diversas formas” os drones “representam um risco maior no ar do que aeronaves tripuladas”, segundo o relatório.

    Também existe a possibilidade de os drones serem operados por um adversário político, como Rússia ou China, que vêm tentando coletar informações sobre as operações militares dos EUA.

    A Marinha norte-americana agora tem regras formais sobre como os pilotos podem reportar quando acreditam ver OVNIs.

    Os vídeos dos encontros foram lançados primeiramente entre dezembro de 2017 e março de 2018 pela Academia de Artes e Ciências To The Stars, empresa cofundada pelo músico Tom DeLonge, ex-guitarrista e vocalista da banda de pop punk Blink 182. Segundo ele, a companhia estuda fenômenos aéreos não identificados.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, qualificou as imagens recentemente divulgadas como “um grande vídeo”. “Só me pergunto se isso é real”, disse ele sobre uma das gravações.

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