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    Primeira missão lunar da Coreia do Sul deve ser lançada nesta quinta-feira (4)

    Danuri deve decolar às 20h08, no horário de Brasília; programa estudará a superfície da Lua e ajudará a planejar futuras missões aos polos do satélite

    Sonda da Coreia será enviada à Lua por um foguete Falcon 9, da SpaceX, que será lançado da Estação de Cabo Canaveral (EUA)
    Sonda da Coreia será enviada à Lua por um foguete Falcon 9, da SpaceX, que será lançado da Estação de Cabo Canaveral (EUA) divulgação / KARI

    Ingrid Oliveirada CNN

    em São Paulo

    A Danuri, primeira missão lunar da Coreia do Sul, deve ser lançada nesta quinta-feira (4), às 20h08, no horário de Brasília. A sonda Korea Pathfinder Lunar Orbiter (KPLO) deve orbitar a Lua por um ano, carregando uma série de experimentos sul-coreanos e um instrumento construído nos Estados Unidos.

    A KPLO está programada para ser lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, em um foguete SpaceX Falcon 9 Block 5, em uma órbita terrestre de 300 quilômetros, seguido por uma queima de injeção translunar e uma fase de transferência lunar.

    O orbitador sul-coreano é composto por um corpo principal com 1,82 metro de largura, 2,14 metros de comprimento e altura 2,29 metros, e seis cargas úteis.

    A missão estudará a superfície da Lua e ajudará a planejar futuras missões aos polos lunares.

    Segundo o Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia (Kira, na sigla em inglês), os principais detalhes da KPLO envolvem o desenvolvimento do corpo e das cargas úteis da sonda, a construção de uma estação terrestre no espaço profundo, pesquisas e a colaboração internacional com a Nasa.

    Os objetivos são desenvolver tecnologias de exploração lunar, demonstrar uma “internet espacial” e conduzir investigações científicas do ambiente, topografia e recursos lunares, bem como identificar possíveis locais de pouso para futuras missões.

    Colaboração

    Em março de 2021, a Nasa selecionou nove cientistas para se juntar à equipe científica da KPLO para ajudar a melhorar a produção da missão.

    A Nasa e a Coreia do Sul também devem testar um internet interplanetária na Danuri, que pode ser resistente a interrupções nas comunicações.

    Além disso, a Nasa deve oferecer assistência técnica em design de missão, comunicações no espaço profundo e tecnologias de navegação.

    Em 24 de maio, a Coreia do Sul assinou os acordos da missão Artemis, que a Nasa chama de “um conjunto prático de princípios para orientar a cooperação entre as nações que participam dos planos de exploração lunar do século 21 da agência espacial norte-americana”.

    Dessa forma, os dados científicos podem ser facilmente compartilhados entre os dois países e haverá oportunidades para os dois países continuarem cooperando em futuras missões.

    Nave espacial e subsistemas

    A espaçonave, que pesa 550 quilos, tem uma forma cúbica com duas asas de painéis solares e uma antena montada em uma lança.

    De acordo com a Nasa, as comunicações são via banda S (telemetria e comando) e banda X (downlink de dados de carga útil).

    A energia é fornecida através de painéis solares e baterias recarregáveis. A KPLO está equipada com cinco instrumentos científicos.

    Os experimentos são um Lunar Terrain Imager (Luti), uma câmera polarimétrica grande angular (PolCam), um magnetômetro (KMAG), um espectrômetro de raios gama (KGRS) e uma câmera de alta sensibilidade desenvolvida pela Nasa (ShadowCam). A massa total da carga científica é de cerca de 40 quilos.

    Uma renderização da sonda Pathfinder Lunar Orbiter (KPLO), da Coreia do Sul

    Nova fase de exploração

    A missão Danuri compreende a primeira fase do programa de exploração lunar da Coreia do Sul. Já na segunda fase, os cientistas planejam lançar outro orbitador lunar, um módulo de pouso e um rover.

    Em março de 2021, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse que o módulo lunar robótico será lançado em um foguete desenvolvido localmente antes de 2030.

    De acordo com o Instituto Kira, a exploração lunar aprimorará as tecnologias espaciais da Coreia. Em uma pesquisa, o instituto descobriu que 72% dos coreanos estavam interessados na exploração lunar e que concordavam com isso.

    “Estima-se que a exploração lunar criará cerca de KRW 3,8 trilhões (mais de R$ 1,5 bilhão) de valor econômico tangível/intangível, que será 5 vezes mais valioso do que os recursos investidos”, escreveram.