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    Premiê britânico promete punição rápida para acabar com protestos violentos

    Keir Starmer criticou atos contrários à imigração organizados pela direita radical após esfaqueamento e morte de três crianças

    Catarina DemonyKylie MacLellanda Reuters em Londres

    O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que manifestantes violentos que tinham como alvo comunidades muçulmanas vão enfrentar rapidamente a “força total da lei” enquanto buscava acabar com os dias de tumultos anti-imigração.

    O esfaqueamento de três crianças na cidade inglesa de Southport, no noroeste do país, na semana passada foi usado por grupos anti-imigrantes e anti-muçulmanos, com desinformação espalhada online e amplificada por figuras de extrema-direita de alto perfil para provocar a desordem nas cidades.

    “Seja qual for a motivação aparente, isso não é protesto, é pura violência e não toleraremos ataques às mesquitas ou nossas comunidades muçulmanas”, Starmer disse nesta segunda-feira (5) após uma reunião de emergência com a polícia e os chefes das prisões.

    “A força total da lei será visitada em todos aqueles que são identificados como tendo participado.”

    A violência eclodiu na terça-feira (30) após postagens nas redes sociais dizerem que o suspeito de ataque em Southport era um islamista radical que havia acabado de chegar à Grã-Bretanha e era conhecido pelos serviços de inteligência.

    A polícia diz que o suspeito de 17 anos nasceu na Grã-Bretanha e não está tratando isso como um incidente terrorista.

    Protestos, envolvendo principalmente algumas centenas de pessoas, continuaram por todo o país, com tijolos atirados em policiais, lojas saqueadas e mesquitas e empresas de propriedade asiática atacadas. Carros foram incendiados e alguns vídeos não verificados nas redes sociais mostraram minorias étnicas sendo espancadas.

    A ministra do Interior, Yvette Cooper, disse que os amotinados se sentiram “encorajados por este momento para incitar o ódio racial”.

    Ela prometeu um julgamento justo para os envolvidos, dizendo que o governo apoiaria punições que vão desde penas de prisão a proibições de viajar.

    A polícia prendeu 378 pessoas desde o início da desordem, disse o Conselho de Chefes da Polícia Nacional da Grã-Bretanha.

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