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    Planeta que inspirou lar de Spock em “Star Trek” pode ser ilusão astronômica

    Ferramenta que analisa alterações na luz vinda de uma estrela identificou que o que se achou ser HD 26965 b possivelmente não existe

    Para fazer a busca pelo planeta, foi utilizado o Neid, espectrômetro colocado em um telescópio que utiliza Doppler
    Para fazer a busca pelo planeta, foi utilizado o Neid, espectrômetro colocado em um telescópio que utiliza Doppler JPL-Caltech/Reprodução

    Giovana Christda CNN

    Astrônomos detectaram que o planeta HD 26965 b — conhecido por inspirar Vulcano, planeta natal de Sr. Spock em “Star Trek” — pode ter sido erroneamente detectado. Uma descoberta publicada na revista The Astronomical Journal de maio mostrou que, na realidade, o que foi registrado pode ser apenas um efeito causado pelos tremores da própria estrela em que ele orbitaria, a 40 Eridani A.

    O planeta foi apresentado na série em 1960 e no filme “Star Trek”, de 2009, o vilão Nero o destrói usando um buraco negro artificial. Na primeira identificação do corpo celeste que inspirou Vulcano — quando as tecnologias dos dias de hoje ainda não estavam disponíveis — foi detectado que ele teria uma órbita de 42 dias ao redor de sua estrela e estaria a 16 anos-luz de distância da Terra.

    Para fazer a busca pelo planeta, foi utilizado o Neid, espectrômetro colocado em um telescópio que utiliza Doppler, analisando a mudança na frequência ou no comprimento de onda em relação a um observador. Neste contexto, os sinais emitidos por diferentes camadas da estrela foram combinados e os astrônomos identificaram que o que se achava ser um planeta coincide com uma alteração nos comprimentos de onda que acontece com uma frequência de 42 dias.

    A primeira identificação do suposto HD 26965 b foi realizada com o método de trânsito, que analisa as alterações da luz vinda da estrela quando um corpo passa em sua frente — técnica usada para descobrir a existência de exoplanetas, a duração de sua órbita e seu tamanho. Na nova pesquisa, o planeta foi procurado usando o método de velocidade radial, que mede a oscilação da gravidade da estrela quando o suposto planeta o “puxa” de um lado para o outro.

    Segundo o comunicado da Nasa, a tecnologia do espectrômetro será usada para descobrir mais informações sobre os exoplanetas descobertos pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (Tess) e para identificar alvos de futuras missões.

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