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    Pesquisadores descobrem exoplaneta com a densidade de um algodão doce

    De acordo astrônomos, Wasp-193b é 50% maior que Júpiter, porém, tem sete vezes menos massa

    O planeta gigante orbita uma estrela semelhante ao Sol, mas está localizado a 1.200 anos-luz da Terra
    O planeta gigante orbita uma estrela semelhante ao Sol, mas está localizado a 1.200 anos-luz da Terra Nasa/ESA/CSA

    Giovana Christda CNN

    Pesquisadores descobriram um exoplaneta nomeado Wasp-193b que tem uma densidade tão baixa que se assemelha a um algodão-doce. A equipe precisou utilizar diversos telescópios para comprovar que a massa e o tamanho daquele corpo realmente estavam certos. Esse é o segundo planeta de menor densidade descoberto até hoje, ficando atrás apenas do Kepler-51d.

    O planeta orbita uma estrela semelhante ao Sol, localizada a 1.200 anos-luz da Terra. Foi identificado que sua densidade é de 0,059 g/cm³, enquanto a de Júpiter é 1,33 g/cm³ e a da Terra, 5,51 g/cm³. “A razão pela qual se assemelha a algodão-doce é porque ambos são praticamente ar. O planeta é superfofo”, disse Julien de Wit, professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e coautor do estudo.

    A investigação foi feita em uma colaboração entre a Universidade de Liège, da Bélgica, o MIT, dos Estados Unidos, e o Instituto de Astrofísica da Andaluzia, da Espanha. O resultado do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy no dia 14 de maio.

    Os astrônomos descobriram que o Wasp-193b é composto principalmente de hidrogênio e hélio, assim como a maioria dos outros gigantes gasosos. Os gases deste exoplaneta se inflam por dezenas de milhares de quilômetros, o que, de acordo com eles, nenhuma teoria de formação planetária consegue responder ainda.

    “Não sabemos onde encaixar esse planeta nas teorias de formação que temos até agora, pois ele é uma anomalia, divergindo de todas elas. Não conseguimos explicar como este planeta foi formado”, comentou Francisco Pozuelos, astrônomo do Instituto de Astrofísica de Andaluzia.

    O próximo passo da pesquisa será observar mais de perto a atmosfera do Wasp-193b utilizando ferramentas como o telescópio James Webb, da Nasa, para tentar resolver o mistério da formação desse planeta “algodão-doce”.