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    Ornitorrincos têm habitat ameaçado e são animal vulnerável, alertam cientistas

    Cientistas australianos querem incluir ornitorrincos em lista de animais vulneráveis. Relatório mostra perda de 1/5 do habitat do animal na Austrália em 30 anos

    Por Renju Jose e Stefica Nicol Bikes, , da Reuters

     

    Cientistas australianos pressionaram nesta segunda-feira (23) para que o ornitorrinco seja listado como uma espécie vulnerável depois que um relatório mostrou que o habitat do mamífero nativo semi-aquático encolheu mais de um quinto nos últimos 30 anos.

    Os animais são classificados como vulneráveis quando enfrentam um alto risco de extinção na natureza a médio prazo, mas não são considerados em perigo crítico. Mais recursos podem ser implantados para proteger seus habitats caso essa ameaça seja reconhecida.

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    A severa seca provocada pelas mudanças climáticas, desmatamento para agricultura e construção de barragens são os culpados, disseram pesquisadores da Universidade de New South Wales (UNSW), que fizeram recomendações ao governo do país.

    “Há uma preocupação real de que as populações de ornitorrincos desapareçam de alguns de nossos rios sem retornar, se os rios continuarem se degradando com secas e represas”, disse Richard Kingsford, diretor do Centro de Ciência do Ecossistema da universidade.

    Os animais, exclusivos da Austrália, não podem viver fora da água e, à medida que o continente seca ainda mais e as pessoas extraem mais água dos rios, alguns reeservatórias de água permanentes podem ficar ainda menores, acrescentou.

    Os animais com bico de pato e patas palmadas botam ovos e vivem principalmente na costa leste da Austrália, desde o extremo norte do estado de Queensland até a ilha do estado da Tasmânia, onde buscam alimento perto dos leitos de rios e riachos.

    Os números dos ornitorrincos podem ter caído mais da metade em várias décadas, mostram os modelos de pesquisa, mas os dados são difíceis de identificar, pois são animais noturnos secretos. O órgão de conservação IUCN estima que entre 30.000 e 300.000 da espécia viviam na Austrália em 2016.

     (Reportagem de Renju Jose e Stefica Nicol Bikes; Edição de Clarence Fernandez)

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