Nobel de Química 2020 vai para dupla de cientistas por pesquisa sobre genoma
O prêmio concedido à dupla vencedora é de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,1 milhão de dólares)
O prêmio Nobel de Química 2020 foi concedido nesta quarta-feira (7) às cientistas francesa Emmanuelle Charpentier e norte-americana Jennifer A. Doudna “pelo desenvolvimento do método de edição do genoma”.
Segundo a Fundação Nobel, a dupla “descobriu uma das ferramentas mais afiadas de tecnologia do gene: as tesouras genéticas CRISPR/Cas9”. Com elas, pesquisadores podem mudar o DNA de animais, plantas e microrganismos com muita precisão.
“Essa tecnologia, que tem tido um impacto revolucionário nas ciências da vida, está contribuindo para novas terapias de câncer e pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias”, informou a instituição.
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Para estudar o funcionamento interno da vida, os cientistas precisam modificar genes em células, o que costuma levar muito tempo, além de ser um trabalho difícil. “Usando as tesouras genéticas CRISPR/Cas9, agora é possível mudar o código da vida em poucas semanas”, de acordo com a Fundação Nobel.
O prêmio concedido à dupla vencedora é de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,1 milhão de dólares).
Curiosidades
De 1901 a 2019, foram entregues 111 prêmios Nobel de Química a 183 indivíduos. A pessoa mais nova a receber a honra nessa categoria foi o francês Frédéric Joliot, que foi premiado em 1935, aos 35 anos, junto à mulher dele, Irène Joliot-Curie, “em reconhecimento à síntese de novos elementos radioativos”.
Já o mais velho a ser laureado foi John B. Goodenough, que tinha 97 anos quando recebeu o prêmio, em 2019, pelo desenvolvimento das baterias de íon-lítio.
Com as laureadas de hoje, são sete as mulheres laureadas nessa categoria. Dentre elas, a polonesa Marie Curie, que ganhou o Nobel de Química em 1911 e também o de Física em 1903, pela descoberta dos elementos rádio e polônio e pesquisas sobre radiação, respectivamente.