Nasa prevê envio de missão tripulada para Marte em 10 ou 20 anos
De acordo com o cientista Ivan Lima, missão tem objetivo claro de tentar identificar formas de vida no planeta
Na última quinta-feira (18), a sonda Perseverance, da Nasa, pousou em Marte após uma viagem de sete meses saindo da Terra. De acordo com o cientista do BMSIS (Blue Marble Space Institute of Science), da Nasa, Ivan Lima, a expectativa é que futuramente astronautas possam ser enviados para explorar o planeta.
“Essa missão para Marte, com o rover Perseverance, está preparando já para um programa de exploração tripulada. A gente está falando de coisa daqui a dez, vinte anos, para as primeiras missões tripuladas de exploração, quando os primeiros astronautas irão explorar o planeta Marte”, diz.
Segundo Ivan, a missão tem objetivos claros de astrobiologia, ou seja, busca entender a possibilidade de vida em outros planetas.
“A medida que a gente avança no nosso conhecimento sobre o espaço, a gente reúne mais informações e tudo indica que os lugares que existem fora da Terra reúnam condições para que formas de vida, como a gente conhece aqui, resistam nestes lugares, e é este o caso de Marte. Marte é um dos lugares mais propícios para existência de vida”.
Esta missão é a primeira que levou um helicóptero capaz de fazer um voo em outro mundo a fim de capturar imagens em alta resolução de grandes extensões de terra.
Segundo o cientista, outro objetivo é conseguir captar um pouco do próprio solo. “Ela vai coletar um pouquinho de amostra de solo em uma canequinha que vai deixar preparada na superfície, para que uma segunda missão, vá para a Marte e colete esse material e traga de volta essas amostras para a análise dos laboratórios aqui na Terra”.
De acordo com Lima, além de buscar formas de vida que podem ter sobrevivido em Marte no passado, a missão também tem instrumentos que ajudam a caracterizar a geologia e o clima do planeta, além de equipamentos com a função de tornar possível a missão tripulada: “Tem instrumentos ali para quebrar as moléculas de dióxido de carbono em oxigênio respirável”.