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    Nasa indica que 17 exoplanetas congelados podem ser propícios à vida

    Estudo indica que planetas fora do Sistema Solar localizados longe de sua estrela podem ter oceanos debaixo de crostas robustas de gelo na superfície

    Flávio Ismerimda CNN , São Paulo

    Um estudo da Nasa indica que 17 exoplanetas, que são planetas que estão fora do nosso Sistema Solar, poderiam conter oceanos de água líquida por debaixo de grossas camadas de gelo, o que tornaria possível a existência de vida neles.

    A equipe, liderada pela geofísica Lynnae Quick, analisou a atividade dos gêiseres desses planetas para observar com telescópios erupções de água rompendo a crosta congelada na superfície deles.

    “Nossas análises preveem que esses 17 mundos podem ter superfícies cobertas de gelo, mas recebem aquecimento interno suficiente da decomposição de elementos radioativos e forças de maré de suas estrelas hospedeiras para manter os oceanos internos”, explica Quick.

    A busca por vida em exoplanetas, segundo a Nasa, costuma se centrar naqueles que, como a Terra, estão na zona habitável de uma estrela e, portanto, possuem temperaturas que permitem que água líquida se acumule na superfície.

    O que esse estudo analisa é a possibilidade de que planetas que estão distantes de estrelas possam ter oceanos de água líquida por baixo de uma crosta robusta de gelo na superfície, como as luas Europa, de Júpiter, e Encélado, de Saturno.

    Europa e Encélado foram usados pelos pesquisadores como modelo para determinar as temperaturas desses 17 exoplanetas. A equipe também estimou a temperatura interna da órbita deles e, por fim, projetou a espessura da camada de gelo de suas superfícies.

    Os cientistas descobriram que existem camadas de oceano relativamente próximas à superfície dos exoplanetas Proxima Centauri b e LHS 1140 b. O estudo também encontrou uma atividade de gêiseres que pode ser até milhares de vezes superior à da lua Europa.

    “É mais provável que os telescópios detectem atividade geológica nos oceanos destes planetas”, adiantou Quick.

    Como cada elemento e composto absorve cores específicas de luz, a análise agora deve ser feita sobre o brilho desses planetas para determinar sua composição e avaliar o potencial de vida dentro deles.

    Mesmo nos casos como Proxima b, em que não é possível vê-lo cruzando com a sua estrela a partir da Terra, telescópios avançados podem medir a luz que ele reflete.

    Com a proximidade, a água dos oceanos aqueceria e gêiseres emitiriam partículas geladas na superfície do planeta que o deixariam mais brilhante e, portanto, facilitariam a análise dos cientistas.

    Veja também: NASA nomeia diretor para esclarecer mistério de OVNIs

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