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    Nasa compartilha som de buraco negro no aglomerado de galáxias Perseu; ouça

    Agência amplificou os ruídos e misturou com outros dados para que a audição humana fosse capaz de interpretar

    Ingrid Oliveirada CNN , em São Paulo

    A Nasa transformou as ondas acústicas que saem de um buraco negro no centro do aglomerado de galáxias Perseu em notas audíveis para os ouvidos humanos. O vídeo que mostra dados astronômicos transformado em som foi compartilhado nas redes sociais da agência espacial.

    As ondas sonoras foram extraídas com ajuda do Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa. Os dados saem em direções radiais, ou seja, do centro para fora e foram transformadas no alcance da audição humana, escalando-as para cima em 57 e 58 oitavas acima de seu tom verdadeiro.

    “O equívoco de que não há som no espaço se origina porque a maior parte do espaço é um vácuo, não fornecendo nenhuma maneira para as ondas sonoras viajarem. Um aglomerado de galáxias tem tanto gás que captamos o som real. Aqui é amplificado e misturado com outros dados, para ouvir um buraco negro!”, escreveu a Nasa no Twitter.

    Desde 2003, o buraco negro no centro do aglomerado de galáxias de Perseu tem sido associado ao som.

    Segundo a Nasa, “isso ocorre porque os astrônomos descobriram que as ondas de pressão enviadas pelo buraco negro causavam ondulações no gás quente do aglomerado que poderiam ser traduzidas em uma nota – uma que os humanos não conseguem ouvir cerca de 57 oitavas abaixo do dó central”, escreveram em um comunicado.

    Ouça o som da aglomeração de galáxias Perseus:

    Outros aglomerados de galáxias

    Além do aglomerado de galáxias de Perseu, uma nova sonificação de outro buraco negro foi lançada pela agência neste ano.

    O buraco negro em Messier 87, ou M87 está sendo estudados há anos e a Nasa o chama de “celebridade na ciência” após o primeiro lançamento do projeto Event Horizon Telescope (EHT) em 2019.

    As ondas de rádio são mapeadas para os tons mais baixos, os dados ópticos para os tons médios e os raios-X detectados pelo Chandra para os tons mais altos. Diferente da primeira, esse som é mais “agradável”.

    A parte mais brilhante da imagem abaixo corresponde a sonificação mais alta, que é onde os astrônomos encontram o buraco negro com massa equivalente a 6,5 bilhões massas do Sol.

     

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