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    Motivação de republicanos para expor Meta é suposto “conluio com democratas”

    Deputado de Ohio vazou documentos da Meta em suas redes sociais na quinta-feira (27)

    Oliver Darcyda CNN

    Jim Jordan, do Partido Republicano em Ohio, quer retratar o Vale do Silício como promotor da censura contra os conservadores norte-americanos.

    O deputado republicano agora usa de suas atribuições para manchar a Meta.

    Jordan, que está no topo do Comitê Judiciário da Câmara, exige que Mark Zuckerberg, CEO da Meta e criador do Facebook, entregue documentos internos da Meta que dizem respeito às decisões de moderação de conteúdo da empresa.

    O congressista então postará seletivamente partes desses mesmos documentos no Twitter, plataforma de Elon Musk e rival da Meta.

    O objetivo é promover a narrativa de que o Facebook é uma suposta rede de mídia social “anti-liberdade de expressão” que estaria supostamente trabalhando em “conluio com os democratas e a elite da mídia para inclinar a balança contra os republicanos”.

    Caso Zuckerberg não obedeça ao requerimento, Jordan ameaçou prendê-lo por desacato ao Congresso – uma ação que pode acarretar sérias consequências legais.

    Jordan entraria com o voto de desacato na quinta-feira (27), mas desistiu quando a Meta forneceu ao seu comitê alguns dos documentos procurados.

    A big tech, por sua vez, havia dito anteriormente que já havia entregue “milhares de páginas de documentos” e que estava cooperando com o comitê.

    “Com base no novo compromisso do Facebook de cooperar totalmente com a investigação do Comitê, decidimos manter o desacato em suspenso. Por enquanto”, escreveu Jordan no Twitter. “Para ser claro, a ordem de desacato ainda poderá ser usada se o Facebook não cooperar totalmente.”

    Documentos compartilhados no Twitter

    Os registros que Jordan obteve e postou na quinta-feira não surpreenderam.

    Os documentos mostram que a Casa Branca pressionou a Meta em 2021 para manter suas plataformas livres de desinformação sobre a vacina Covid – algo que já era conhecido, visto que a Casa Branca havia apostado publicamente tais medidas durante a pandemia.

    O presidente Joe Biden chegou a ponto de acusar o Facebook de “matar pessoas” em seus esforços para pressionar a empresa de mídia social a fazer mais para combater a desinformação sobre vacinas e teorias da conspiração em suas plataformas.

    Ainda sim, Jordan divulgou os documentos, contudo sob uma luz diferente. Apelidando-os de “Arquivos do Facebook”, – uma cópia dos “Arquivos do Twitter” orquestrados por Musk – Jordan alegou que a empresa “censurou os norte-americanos por pressão da Casa Branca de Biden”.

    “Esses documentos, e outros que acabaram de ser apresentados ao Comitê, provam que Biden abusou de seus poderes para coagir o Facebook a censurar os norte-americanos, impedindo o discurso livre e aberto sobre questões de importância pública crítica”, afirmou Jordan, provocando o lançamento de mais documentos.

    Veja também: Governo Lula defende regulação das redes sociais, entenda proposta

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