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    Missão indiana confirma presença de oxigênio, enxofre e outros elementos na Lua

    Robôs da missão Chandrayaan-3 pousaram de forma segura há uma semana no inexplorado polo sul lunar

    Imagem da Lua capturada por módulo lunar indiano Chandrayaan-3
    Imagem da Lua capturada por módulo lunar indiano Chandrayaan-3 Divulgação/Organização de Pesquisa Espacial

    Renata Souzada CNN*

    em São Paulo

    Depois de ter se tornado o primeiro país a pousar de forma segura uma nave espacial no inexplorado polo sul da Lua, a Índia apresentou os primeiros resultados da exploração em andamento através da missão Chandrayaan-3.

    Segundo comunicado oficial da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), o instrumento de espectroscopia de ruptura induzida por laser (LIBS) a bordo do rover confirmou a presença de oxigênio e enxofre na região.

    A técnica de LIBS consiste em analisar a composição de materiais utilizando pulsos de laser de alta energia. Posteriormente, os elementos são identificados por apresentarem conjuntos específicos de comprimentos de onda de luz no estado de plasma.

    De acordo com as informações da organização, as primeiras medições ‘in-situ’ do local “revelaram a presença de Alumínio (Al), Enxofre (S), Cálcio (Ca), Ferro (Fe), Cromo (Cr) e Titânio (Ti) na superfície lunar. Outras medições revelaram a presença de Manganês (Mn), Silício (Si) e Oxigênio (O)”.

    O comunicado informa ainda que uma investigação sobre a presença de hidrogênio está em andamento.

    A região que a missão Chandrayaan-3 está explorando, o polo sul da Lua, é considerado estratégico para as pesquisas espaciais, porque os cientistas acreditam que o local armazene depósitos hídricos em estado sólido.

    Tais reservatórios poderiam ser utilizados futuramente para converter a água congelada em combustível de foguete ou até mesmo em água potável.

    “A Lua oferece uma grande recompensa científica, e é por isso que temos visto tantas tentativas recentes de visitar a superfície novamente”, disse o administrador da Nasa, Bill Nelson, num comunicado no domingo. “Estamos ansiosos por tudo o que aprenderemos no futuro, inclusive com a missão Chandraayan-3 da Índia.”

    A jornada de Chandrayaan-3

    O módulo lunar da Índia é composto por três partes: um módulo de pouso (Vikram), um robô andarilho (Pragyan) e um módulo de propulsão, que permitiu a espaçonave percorrer os 384.400 quilômetros de distância entre a Lua e a Terra.

    Vikram completou as manobras de precisão necessárias para fazer um pouso suave na superfície lunar depois de ser ejetado do módulo de propulsão. Dentro dele estava Pragyan, um pequeno veículo espacial de seis rodas que desceu uma rampa até a superfície da Lua.

    O módulo de pouso, que pesa cerca de 1.700 kg, e o veículo espacial de 26 kg estão repletos de instrumentos científicos, preparados para capturar dados para ajudar os pesquisadores a analisar a superfície lunar e fornecer novos insights sobre sua composição.

    Confira imagens da Lua capturadas pela Chandrayaan-3:

     

    *Com informações de Rhea Mogul, Manveena Suri e Vedika Sud, da CNN