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    Meta pensa em afrouxar política contra desinformação sobre a Covid-19

    Empresa propôs a comitê rotular ou desclassificar informações falsa sem vez de removê-las

    Brian Fungda CNN , em Washington

    A Meta, empresa controladora do Facebook, está avaliando se deve suavizar suas políticas contra a desinformação sobre a Covid-19, propondo uma mudança: em vez de remover alegações falsas, simplesmente rotulá-las ou desclassificá-las.

    Na terça-feira (26), a gigante das redes sociais perguntou a seu Conselho de Supervisão independente se suas políticas mais duras implantadas durante a pandemia ainda são justificadas.

    A empresa citou como exemplo o aumento das taxas de vacinação em todo o mundo, bem como os esforços da própria empresa para divulgar informações confiáveis sobre a Covid-19.

    Uma alternativa no lugar de remover alegações falsas, sugeriu a empresa, poderia ser rotulá-las ou suprimi-las nos feeds dos usuários — seja por meio do policiamento das alegações diretamente pela Meta, ou pela terceirização desse trabalho para verificadores de fatos terceiros, cujos relatórios podem levar os algoritmos da Meta a reduzir a visibilidade de alegações classificadas como falsas.

    “A Meta continua comprometida em combater a desinformação sobre a Covid-19 e a fornecer informações confiáveis”, escreveu Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, em um post da empresa.

    Porém, ele acrescentou, “com a evolução da pandemia, este é o momento certo para buscarmos a opinião do Conselho de Supervisão sobre nossas medidas para lidar com a desinformação a respeito da Covid-19, incluindo se aquelas introduzidas nos primeiros dias de uma extraordinária crise global continuam sendo a abordagem certa para os próximos meses e anos”.

    As políticas atuais da Meta proíbem explicitamente uma ampla gama de alegações falsas sobre a Covid-19, tais como dizer que a doença pode ser transmitida pela tecnologia sem fio 5G, ou que os testes de Covid-19 podem infectar pessoas com o vírus. Segundo Clegg, a empresa listou até 80 tipos distintos de alegações falsas que estão sujeitas à remoção de suas plataformas, e retirou mais de 25 milhões de conteúdos infratores.

    Clegg ainda caracterizou a decisão original da Meta de começar a remover essas alegações como um passo inédito promovido pela emergência de saúde global.

    “A mudança significa que, pela primeira vez, as políticas preveem a remoção de categorias inteiras de alegações falsas, em escala mundial”, escreveu.

    Agora, no entanto, com a Meta avaliando a suavização de suas políticas, as alegações falsas podem acabar ganhando mais espaço nos serviços da empresa.

    Clegg descreveu a linha de pensamento da empresa e sua solicitação de um parecer do Conselho de Supervisão como um esforço para resolver “tensões inerentes entre a liberdade de expressão e a segurança”.

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