Medo de asteroide atingir a Terra faz buscas aumentarem em mais de 200%

Divulgação da possibilidade do 2024 YR4 atingir planeta em 2032 gerou aumento de pesquisas pelo termo
Giovana Christ, da CNN
asteroide perto da Terra
Arte de computador de asteroide perto da Terra  • Science Photo Library/ ANDRZEJ WOJCICKI/ Getty Images
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A anúncio feito pela ESA (Agência Espacial Europeia) que o asteroide recém-descoberto -- o 2024 YR4 -- teria chances de colidir com a Terra em 2032 fez que com a média de buscas pelo termo em 2025 aumentasse em mais de 200% comparado ao período anterior, segundo dados da plataforma Google Trends.

O pico de buscas pela palavra asteroide aconteceu no dia 16 de fevereiro, quando a Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) divulgou quais poderiam ser os países atingidos caso as previsões astronômicas estivessem corretas.

Buscas pelo termo "asteroide" no Google entre 1 de janeiro e 26 de fevereiro de 2025 • Google Trends
Buscas pelo termo "asteroide" no Google entre 1 de janeiro e 26 de fevereiro de 2025 • Google Trends

 

A média das buscas no Google se manteve acima da média do período anterior com a divulgação nas atualizações sobre o asteroide. Os assuntos relacionados que foram mais pesquisados foram 2032 -- o ano da suposta catástrofe -- e ONU, sigla da Organização das Nações Unidas.

Desde o início de janeiro, os astrônomos têm usado o Observatório Magdalena Ridge, no Novo México, o Telescópio Dinamarquês e o Very Large Telescope, no Chile, para rastrear o corpo, que está atualmente a mais de 45 milhões de quilômetros da Terra e se afastando cada vez mais com o tempo, segundo Farnocchia.

Estima-se que o asteroide 2024 YR4, detectado por telescópios em 27 de dezembro de 2024, tenha de 40 a 90 metros de largura, comparável a um grande edifício, e poderia causar devastação local se colidisse com nosso planeta.

Inicialmente, a ESA divulgou que ele teria de 2,8% a 3,1% de chance de atingir a terra no dia 22 de dezembro de 2032. Entretanto, com mais dados, as agências espaciais conseguiram calcular que esse risco diminuiu para quase zero por cento de chance de atingir a Terra.

Os astrônomos esperam que essa porcentagem continue evoluindo conforme mais dados sejam coletados. Se esse asteroide seguir o padrão de outros corpos próximos à Terra, as chances de impacto aumentarão e depois cairão, de acordo com a ESA.