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    Maior mapa de buracos negros ativos é divulgado; entenda

    Mapeamento definiu mais de 1 milhão de quasares no universo a partir do telescópio Gaia

    Giovana Christda CNN

    Foi divulgado nesta segunda-feira (18), na The Astrophysical Journal, o maior mapa de buracos negros supermassivos já feito. O estudo identificou por volta de 1,3 milhões de quasares ativos no espaço.

    Pesquisadores usaram as imagens dos telescópios Gaia, Wide-field Infrared Survey Explorer e do levantamento astronômico Sloan Digital Sky Survey para compreender melhor sobre a matéria escura e a expansão do universo.

    O que é um quasar?

    O termo vem de “quasi-stellar radio source” (em português, “fonte de rádio quase estelar”) e define um núcleo luminoso ativo maior que uma estrela, porém menor do que o tamanho mínimo para ser considerado uma galáxia. Os quasares são buracos negros supermassivos e considerados um dos objetos mais brilhantes do universo.

    Pesando de milhões a bilhões de vezes mais que o Sol, eles se alimentam da matéria que vai em sua direção. Liberam um enorme fluxo de radiação e seus ventos moldam a galáxia onde vivem.

    Nesta pesquisa, o quasar mais antigo encontrado é de quando o universo tinha 1,5 bilhões de anos. Atualmente, ele tem 13,7 bilhões.

    Infográfico sobre a criação de um novo mapa com cerca de 1,3 milhão de quasares em todo o universo visível / ESA/Gaia/DPAC; Lucy Reading-Ikkanda/Simons Foundation; K. Storey-Fisher et al. 2024

    Combinação de imagens

    O telescópio Gaia é utilizado para detectar as estrelas da Via Láctea, mas acaba retratando imagens de objetos de fora da nossa galáxia. Os pesquisadores usaram esse fator para identificar os buracos negros em meio a 6,6 milhões de candidatos.

    “Conseguimos fazer medições de como a matéria se agrupa no início do universo que são tão precisas quanto algumas das obtidas em importantes projetos de pesquisa internacionais. O que é bastante notável, considerando que obtivemos nossos dados como um ‘bônus’ do projeto Gaia, focado na Via Láctea,” comenta Kate Storey-Fisher, autora do artigo, pesquisadora e pós doutoranda no Centro Internacional de Física Donostia, na Espanha.

    Juntamente com o Wide-field Infrared Survey Explorer e Sloan Digital Sky Survey, foi possível compreender melhor sobre a matéria escura e como ela se aglomera. Os cientistas também estão buscando nestes dados mais informações sobre a expansão do universo.

    Storey-Fisher diz que “Os pesquisadores ao redor do mundo estão utilizando o mapa de quasares para medir desde as flutuações de densidade iniciais que deram origem à teia cósmica até a distribuição dos vazios cósmicos e o movimento do nosso sistema solar através do universo.”

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