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    Júpiter terá sua menor distância da Terra em quase 60 anos; veja como observar

    Após a Lua, Júpiter deve ser um dos corpos celestes mais brilhantes no céu noturno nos próximos dias

    Imagens de Júpiter retiradas pelo telescópio James Webb
    Imagens de Júpiter retiradas pelo telescópio James Webb Credito/Nasa Webb Telescope

    Estadão Conteúdo

    Durante a noite da próxima segunda-feira  (26), quem gosta de observar os céus poderá ver Júpiter mais de perto. O planeta atinge nessa data seu ponto de oposição, que ocorre quando um corpo celeste surge no leste enquanto o Sol se põe no oeste, o que coloca o objeto astronômico e o Sol em lados opostos da Terra.

    A oposição de Júpiter ocorre a cada 13 meses e faz com que o planeta pareça maior e mais brilhante do que em qualquer outra época do ano. Mas, na semana que vem, além da posição de oposição, o planeta também estará no ponto mais perto da Terra nos últimos 59 anos.

    Isso acontece porque, como a Terra e Júpiter não orbitam o Sol em círculos perfeitos, eles passam um pelo outro com distâncias diferentes ao longo do ano. A coincidência desses dois fatores é algo raro, o que deve tornar a vista mais impressionante.

    O planeta estará a aproximadamente 590 milhões de km de distância da Terra. Em seu ponto mais distante da Terra, esse espaço é de aproximadamente 965 milhões de km de distância.

    “Com bons binóculos, as faixas centrais e três ou quatro dos satélites galileanos (luas) devem estar visíveis”, afirmou Adam Kobelski, astrofísico pesquisador do Marshall Space Flight Center da Nasa, agência espacial americana.

    Kobelski recomenda o uso de um telescópio maior para ver a Grande Mancha Vermelha e as bandas de Júpiter com mais detalhes; um equipamento de quatro polegadas ou maior.

    De acordo com o astrofísico, o local ideal para tentar avistar o planeta gigante será um lugar de altitude elevada e em uma área sem muita luminosidade artificial, além de clima mais seco.

    A boa visibilidade deve durar alguns dias antes e alguns dias depois do dia 26 e, fora a Lua, Júpiter deve ser um dos corpos celestes mais brilhantes no céu noturno.

    O planeta tem 53 luas conhecidas e nomeadas, mas os cientistas acreditam que 79 tenham sido detectadas no total. As quatro maiores, Io, Europa, Ganimedes e Calisto, são chamadas de satélites galileanos, nomeados em referência a Galileu Galilei, que os observou pela primeira vez em 1610.

    Com o uso de binóculos ou telescópios, esses satélites galileanos devem aparecer como pontos brilhantes em ambos os lados de Júpiter durante o período de oposição.