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    Instagram está ligado à depressão e ansiedade em crianças, diz ação movida nos EUA

    Cérebros de crianças e adolescentes são suscetíveis à necessidade de aprovação sobre seu conteúdo na forma de "curtidas' por outros usuários

    Miniaturas de crianças em playground em frente ao logo do Instagram em foto de ilustração
    Miniaturas de crianças em playground em frente ao logo do Instagram em foto de ilustração 04/04/2023 REUTERS/Dado Ruvic

    da Reuters

    (Reuters) – Dezenas de Estados norte-americanos estão processando a Meta e o Instagram sob a alegação de que elas contribuem para uma crise de saúde mental de jovens através da natureza viciante das suas plataformas de redes sociais.

    Em uma queixa apresentada nesta terça-feira no tribunal federal de Oakland, na Califórnia, 33 Estados norte-americanos, incluindo Califórnia e Illinois, disseram que a Meta, que também opera o Facebook, tem enganado repetidamente o público sobre os consideráveis perigos de suas plataformas e induzido conscientemente crianças e adolescentes ao vício e ao uso compulsivo de mídias sociais.

    “A pesquisa mostrou que o uso das plataformas de mídia social da Meta pelos jovens está associado à depressão, ansiedade, insônia, interferência na educação e na vida diária e muitos outros resultados negativos”, afirmou a denúncia.

    O processo é o mais recente de uma série de ações judiciais contra empresas de mídia social em nome de crianças e adolescentes. O TikTok, da ByteDance, e o YouTube, do Google, também são alvo de centenas de processos movidos em nome de crianças e distritos escolares relacionados ao vício em redes sociais.

    “A Meta tem se aproveitado de tecnologias poderosas e sem precedentes para atrair, envolver e, em última análise, ludibriar jovens e adolescentes”, disse a denúncia. “Seu motivo é o lucro.”

    O processo busca uma variedade de soluções, incluindo penalidades civis substanciais. A Meta afirmou que tem procurado manter os jovens seguros online.

    “Estamos desapontados porque, em vez de trabalhar de forma produtiva com empresas de todo o setor para criar padrões claros e adequados à idade para os muitos aplicativos que os adolescentes usam, os procuradores-gerais escolheram esse caminho”, disse a Meta em comunicado.

    Grande parte do foco na Meta vem da divulgação de documentos em 2021 que mostraram que a empresa tinha dados que mostravam que o Instagram, que começou como um aplicativo de compartilhamento de fotos, era viciante e piorava os problemas de imagem corporal de algumas adolescentes.

    O processo alega que a Meta se esforça para garantir que os jovens passem o máximo de tempo possível nas redes sociais, apesar de saber que os cérebros dos adolescentes são suscetíveis à necessidade de aprovação sobre seu conteúdo na forma de “curtidas’ por outros usuários. A Meta negou publicamente que sua mídia social fosse prejudicial, segundo o processo.

    Os procuradores-gerais de New Hampshire e Washington DC disseram que entraram com ações judiciais relacionadas nos tribunais locais. A previsão é de que outros sete Estados norte-americanos abram processos semelhantes nesta terça-feira, elevando o número total de Estados processando para 42.

    (Reportagem de Jonathan Stempel em Nova York e Diane Bartz, David Shepardson e Nate Raymond)