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    Gelo empoeirado pode sustentar vida em Marte, diz estudo

    Camada consegue absorver radiação e fornecer água para células fotossintéticas no planeta vermelho

    Giovana Christda CNN

    Cientistas descobriram que camadas de gelo empoeirado criam condições para sustentar vida fotossintética na superfície de Marte. Mesmo não provando que o ambiente é habitado, a descoberta define áreas-chave para futuras buscas por vida.

    O que torna a vida no planeta vermelho inviável nas condições atuais são os altos níveis de radiação. Entretanto, os pesquisadores encontraram locais em que o gelo empoeirado consegue absorver as ondas e proteger as células abaixo de sua superfície.

    O estudo publicado na revista Communications Earth & Environment, da Nature, nesta quinta-feira (17) detalha a profundidade em que a célula precisaria estar para ser protegida pelo gelo empoeirado.

    O grupo de pesquisa descobriu que uma camada muito grossa de cristais bloqueia a radiação, impedindo o desenvolvimento de vida. Então, definiram as zonas habitáveis radiativas — locais rasos o suficiente para receber luz para fazer a fotossíntese, mas profundas o bastante para ser protegida da radiação.

    A depender da pureza dos cristais de gelo e do tamanho das partículas, foi estimado que esse local está entre 5 e 38 centímetros abaixo da superfície marciana. A poeira, neste contexto, tem a função de derreter alguns pontos do material congelado e fornecer água líquida para que a vida fotossintética sobreviva.

    O estudo também destaca que, nos polos de Marte isso seria impossível, então os dados mostram que esses locais ficam nas áreas de latitudes médias — entre aproximadamente 30 e 50 graus de latitude.

    Mesmo não provando que a vida existe nesses pontos da superfície marciana, essas podem ser áreas-chave para futuras buscas por vida no planeta.

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