Fundadora de aplicativo é acusada de fraudar o JPMorgan e é presa nos EUA
SEC disse que Charlie Javice levou o banco a acreditar que o app Frank tinha 4,25 milhões de usuários, quando tinha menos de 300 mil
Charlie Javice, fundadora da startup de assistência financeira estudantil Frank, foi presa na noite de segunda-feira (3) e acusada pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA por supostamente fraudar o JPMorgan Chase na aquisição de sua empresa por US$ 175 milhões.
A SEC disse em uma queixa apresentada a um Tribunal Distrital de Nova York que Javice levou o JPMorgan Chase a acreditar que Frank tinha 4,25 milhões de usuários, quando na realidade tinha menos de 300 mil.
A investigação da SEC que se seguiu alega que Javice recebeu “US$ 9,7 milhões diretamente em receitas de ações, milhões mais indiretamente por meio de fundos e um contrato que lhe dá direito a um bônus de retenção de US$ 20 milhões” por meio da venda de sua empresa em 2021.
“Javice se envolveu em uma fraude antiga: ela mentiu sobre o sucesso de Frank em ajudar milhões de estudantes a navegar no processo de ajuda financeira da faculdade, inventando dados para apoiar suas reivindicações e, em seguida, usou essas informações falsas para induzir o JPMC a entrar em uma transação de US$ 175 milhões” disse em comunicado Gurbir S. Grewal, diretor da Divisão de Execução da SEC.
Javice foi presa na noite de segunda-feira em Nova Jersey por acusações relacionadas ao mesmo negócio. Ela é acusada de conspiração para cometer fraude bancária e eletrônica, fraude eletrônica, fraude bancária e fraude de valores mobiliários. Se condenada, cada acusação carrega uma sentença que pode significar décadas de prisão.
O JPMorgan Chase entrou com uma ação em um tribunal de Delaware em dezembro, alegando que Javice mentiu sobre “o sucesso de Frank, o tamanho de Frank e a profundidade da penetração de mercado de Frank” ao falsificar uma lista de estudantes usuários de sua startup.
Javice negou as acusações, segundo o The Wall Street Journal.