Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Facebook registrou 22 milhões de postagens com discurso de ódio no 3º trimestre

    De acordo com a empresa, cerca de 95% dessas publicações foram identificadas de forma proativa pela própria plataforma

    Carolina Figueiredo* , Da CNN, em São Paulo

    O Facebook informou, nesta quinta-feira (19), que tomou medidas de punição contra 22,1 milhões de postagens em sua plataforma que continham discurso de ódio, apenas no terceiro trimestre deste ano. No trimestre anterior, foram 22,5 milhões de posts. 

    De acordo com a empresa, cerca de 95% dessas publicações foram identificadas de forma proativa pela própria plataforma, sem necessidade de denúncia por parte dos usuários. 

    Os dados fazem parte de um relatório divulgado pela rede sobre a prevalência do discurso de ódio em sua plataforma. Segundo o Facebook, de cada 10 mil visualizações de conteúdo no terceiro trimestre, 10 a 11 incluíam discurso de ódio. 

    As medidas tomadas pelo Facebook contra esse tipo de postagem incluem ações como remover conteúdo, cobrir o post com um aviso, desativar contas ou encaminhar as mensagens para agências externas.

    Leia e assista também

    Facebook relata aumento em posts removidos por terrorismo e discurso de ódio

    Campanha de boicote à publicidade no Facebook será global, dizem organizadores

    Facebook remove anúncios da campanha de Trump por violação da política de ódio

    Membros de boicote ao Facebook criticam falta de compromisso Zuckerberg

    O Instagram, que é de propriedade do Facebook, registrou 6,5 milhões de peças com conteúdo odioso no terceiro trimestre deste ano, contra 3,2 milhões reportados no segundo trimestre. 

    Maior empresa de mídia social do mundo, a rede de Mark Zuckerberg sofre escrutínio sobre seu policiamento de abusos e proliferação de notícias falsas, especialmente aquelas relacionadas à eleição presidencial dos Estados Unidos.

    Neste ano, grupos de direitos civis organizaram um boicote generalizado de publicidade no Facebook para tentar pressionar empresas de mídia social a agirem contra o discurso de ódio.

    Em outubro, o Facebook anunciou que estava atualizando sua política de discurso de ódio para banir qualquer conteúdo que negue ou distorça o Holocausto, em uma mudança no posicionamento inicial  que o presidente-executivo da marca, Mark Zuckerberg, fez sobre o que deveria ser permitido na plataforma.

    A gigante da tecnologia afirma que conseguiu aumentar a taxas de localização de conteúdo que viola as regras sem que os usuários precisem relatar ou denunciar as postagens. O Facebook diz que a mudança aconteceu devido a melhorias nas ferramentas de inteligência artificial e à expansão de suas tecnologias de detecção para mais idiomas.

    Além do conteúdo de ódio, a rede social também informou que tomou medidas em relação a 12,4 milhões de peças de nudez infantil e conteúdo de exploração sexual no terceiro trimestre, ante 9,5 milhões no trimestre anterior.

    *Sob supervisão de Julyanne Jucá 

    Tópicos