Facebook excluiu 140 mil posts com informações falsas sobre eleição municipal
Conteúdos violam política contra interferência no processo eleitoral da plataforma, informou
O Facebook anunciou, nesta segunda-feira (23), que excluiu mais de 140 mil publicações com informações falsas ou incorretas sobre as eleições municipais deste ano no Brasil.
Os conteúdos, que, segundo a rede social, violavam a política contra interferência no processo eleitoral, foram removidos durante a campanha para o primeiro turno, que ocorreu em 15 de novembro.
De acordo com a empresa, as publicações tinham conteúdos que poderiam desencorajar eleitores a votar, como, por exemplo, horários errados para a votação.
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Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que as eleições municipais causaram crescimento de postagens com informações falsas nas redes sociais; entre elas, publicações que também duvidam do sistema eleitoral brasileiro. De acordo com dados do Laboratório de Democracia Digital da FGV, 2020 foi o segundo ano eleitoral com mais publicações falsas nas redes sociais, ficando atrás apenas de 2018.
Nos primeiros nove meses deste ano, o Facebook registrou 17.958 links que levavam para conteúdos falsos tratando do processo eleitoral — a maioria levantando dúvidas sobre fraudes ou confiabilidade das urnas eletrônicas. As publicações tiveram cerca de 1,5 milhão de engajamentos, como curtidas, comentários e compartilhamentos.
O Facebook também informou que rejeitou o pedido de inclusão de 250 mil anúncios políticos que não continham a classificação de propaganda eleitoral.
“Desde agosto, qualquer pessoa ou organização que quiser fazer publicidade sobre política ou eleições no país precisa passar por um processo de autorização, confirmando sua identidade e residência no Brasil”, informou a empresa.
Para impulsionar a visualização de informações confiáveis, o Facebook adicionou um aviso no topo do feed de notícias que convidava os usuários a se preparar e conferir os protocolos sanitários para o dia da votação no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a rede social, cerca de 3 milhões de pessoas clicaram para saber mais informações.