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    EUA querem Brasil em ‘rede limpa’ de 5G, sem Huawei, diz embaixador americano

    Todd Chapman afirma que seu país oferece 'um tipo de financiamento, para ajudar os operadores que querem comprar de fornecedores confiáveis'

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    O diplomada Todd Chapman, embaixador dos Estados Unidos no Brasil, afirmou nesta terça-feira (15) que os americanos querem que “o Brasil realmente tenha a oportunidade de ser parte da rede limpa” com o fornecimento do 5G “de fornecedores que sejam realmente de confiança”.

    Chapman foi questionado, durante entrevista exclusiva à CNN, sobre o que os EUA poderiam dar ao Brasil em troca de que o país não feche com a chinesa Huawei para a instalação da tecnologia 5G. 

    “Oferecemos um tipo de financiamento, para ajudar os operadores que querem comprar de fornecedores confiáveis. Nós queremos ser bons aliados do Brasil nesse processo”, disse o embaixador, entrevistado pelos âncoras Caio Junqueira e Monalisa Perrone e pelo colunista Lourival Sant’Anna.

    Apesar da posição dos Estados Unidos e das informações que o país está prestando ao Brasil sobre “como a Huawei está funcionando no mundo”, Todd Chapman observou que respeita que a decisão final caberá ao governo brasileiro.

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    Em maio, Chapman deu outra entrevista sobre o tema à CNN. Na oportunidade, o embaixador relacionou o fornecimento do 5G com um risco para a privacidade das informações, diante do regime comunista chinês.

    “Nos Estados Unidos, consideramos que a maneira correta de usar essa tecnologia é a proteção da privacidade, proteção dos dados e da informação e que essa informação não seja entregue diretamente ao Partido Comunista da China”, disse Chapman, na entrevista anterior.

    Valores e vacinas

    Durante a entrevista, o embaixador Todd Chapman foi questionado sobre a sua visão de mundo a respeito da geopolítica mundial, principalmente a polarização entre Estados Unidos e China. O diplomata defendeu o alinhamento de países que compartilham de valores semelhantes.

    “Eu confio nos sistemas democráticos e não nos sistemas autocráticos”, disse o embaixador. “Talvez seja um pouco desorganizado às vezes, mas muito melhor isso do que ter dissidentes que são colocados na prisão”, criticou.

    O embaixador foi questionado sobre se aceitaria ser vacinado com a Coronavac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech.

    Chapman riu e disse que seguiria a orientação do seu médico, mas afirmou confiar na experiência de outras empresas, como a AstraZeneca e farmacêuticas americanas, para o desenvolvimento da imunização.

    “Todos nós agora estamos focados em uma solução, que vai funcionar para o mundo. E por isso é bom que haja vários candidatos a vacinas no mundo. No final do dia, vai ser uma decisão de pessoas, de governos e de famílias, em qual vacina você vacina”, disse.

    Nesta semana, o secretário de Estado Mike Pompeo fará a sua segunda visita ao Brasil. Ele irá à Boa Vista (RR), onde se encontrará com Chapman e autoridades brasileiras para discutir o projeto Acolhida, que atende refugiados da Venezuela.

    O embaixador americano no Brasil classificou o regime de Nicolás Maduro como “ilegítimo” e disse que a visita reflete as boas relações entre os dois países e a preocupação de ambos com a situação humanitária dos venezuelanos.

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