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    Estamos preparados para brigar pelo 5G do Brasil, diz CEO da Ericsson

    Subsidiária da empresa sueca inaugurou a primeira fábrica de dispositivos 5G na América Latina e promete investimento bilionário

    Daniel Corrá, , da CNN, em São Paulo

    A primeira fábrica para dispositivos 5G na América Latina está pronta. A largada foi dada pela Ericsson, na última semana, com a inauguração da linha de produção na unidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. É mais um passo da empresa para conquistar um mercado disputado por gigantes das telecomunicações. 

    O investimento da Ericsson relacionado ao 5G é de R$ 1 bilhão, entre 2020 e 2024. De acordo com o presidente da empresa no Brasil, Eduardo Ricotta, o planejamento para a linha de produção durou cerca de um ano e meio –a maior parte desse tempo, em plena pandemia de Covid-19. “Do componente até os rádios, nós vamos prover para o mercado brasileiro e América Latina também”.

    Ricotta lembra que a empresa tem 130 contratos assinados referente à tecnologia e 80 redes em operação ao redor do mundo. Ainda na América do Sul, a empresa deve começar a instalar as primeiras redes 5G no Chile até o meio deste ano. A Ericsson, porém, não divulga dados sobre a capacidade de produção na unidade de São José dos Campos e também não tem uma estimativa de quantos empregos a nova linha deve gerar.

    Na corrida pelo 5G, a multinacional vê o apetite de outras gigantes de tecnologia, como a finlandesa Nokia e a chinesa Huawei, como positivo para o mercado. Mas ela quer uma fatia maior do que a concorrência. “Estamos super preparados para qualquer concorrência, e a Ericsson vai continuar brigando”, diz Ricotta.

    Mais velocidade e inovação

    A tecnologia 5G promete maior velocidade para a rede de internet no país. O leilão de radiofrequências, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), teve as regras aprovadas no começo deste ano e deve acontecer em julho. A previsão é que a nova frequência de internet esteja disponível ao longo de 2022, colocando, então, novos equipamentos no mercado, como celulares e smartphones compatíveis com a tecnologia.

    “Vamos ter um ecossistema de inovação muito grande. O 5G tem um impacto para o consumidor, mas o maior impacto vai ser na eficiência e redução de custo das empresas e de diversos setores da economia. É isso que a gente tem visto no mundo e não vai ser diferente no Brasil”, afirma o presidente.  

    Prestes a deixar o comando da Ericsson no país, Ricotta aposta que uma experiência de sucesso agora também pode preparar a empresa para sair na frente com o 6G, numa próxima geração.

    “Acredito que a melhor forma de preparar para o 6G é ter uma participação de mercado expressiva no 5G. Uma coisa sempre está conectada à outra”, avalia. 

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