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    Em uma CES moderada, os computadores são a sensação

    As fabricantes de chips Intel, AMD e Nvidia lançaram seus novos processadores, que prometem melhorar a aparência dos gráficos e carregar mais rápido

    Shannon Liao, da CNN Business. em Nova York

    Em um momento inédito, a CES ficou menor neste ano, com muitas empresas, incluindo o Google e a Amazon, sem uma presença significativa, e os apresentadores lamentando a falta de contato pessoal. Mas uma categoria ainda estava entusiasmada com anúncios de novos produtos: a de computadores.

    As fabricantes de chips Intel, AMD e Nvidia subiram ao palco virtual da feira nesta semana para lançar seus novos processadores, que prometem melhorar a aparência dos gráficos, carregar mais rápido e melhorar o desempenho dos computadores.

    “Nosso relacionamento com a tecnologia mudou completamente”, disse a CEO da AMD, Lisa Su, em um discurso na terça-feira (12). “A pandemia transformou a tecnologia em uma parte essencial de como vivemos, trabalhamos, nos divertimos e nos comunicamos, e no centro de toda essa tecnologia está a computação de alto desempenho”.

     

    Na terça-feira (12), a AMD anunciou uma linha de novos processadores móveis para laptops da Asus, HP, Lenovo e outros fabricantes. A Nvidia disse que lançará em fevereiro sua nova placa de vídeo, a GeForce RTX 3060 de US$ 329 (cerca de R$ 1.740).

    As empresas de hardware Acer, Asus, Lenovo e outras apresentaram seus computadores e monitores conectados que utilizam os novos chips. Os computadores também enfrentam a escassez de peças, especialmente de chips, já que as fábricas asiáticas ainda se recuperavam de uma desaceleração no início de 2020 e a demanda superou a oferta.

    Mesmo assim, para a empresa taiwanesa Acer, a pandemia não atrapalhou muito o lançamento de sua nova linha de produtos, incluindo vários novos laptops e monitores. Da mesma forma, a Asus, também 
    sediada em Taiwan, anunciou uma grande linha de produtos, de laptops a um projetor e monitor.

    Projetor da Asus
    Projetor da Asus
    Foto: Asus / Divulgação

     

    A Acer disse que se beneficiou do fato de Taiwan ser uma espécie de refúgio em meio à pandemia de coronavírus. “Como Taiwan quase não foi afetada [pela pandemia], e é lá que fica nossa sede mundial, todo o desenvolvimento de produtos está indo muito bem”, disse o presidente da Acer Pan America, Gregg Prendergast. “Nossas fábricas são principalmente na China. Elas estavam com a operação um pouco irregular no segundo trimestre de 2020, mas estão funcionando bem desde junho”.

    Prendergast disse ainda que, desde que a Acer abriu suas próprias fábricas há mais de 20 anos, ela pode escolher rapidamente com quais fábricas trabalhar, o que proporcionou mais flexibilidade durante a pandemia.

    A Acer tem uma participação importante nas áreas de educação e jogos, fornecendo Chromebooks para alunos e laptops e monitores para games. Tradicionalmente, a marca atrai jogadores de PC, mas está gradualmente se expandindo para jogos de console também, oferecendo uma nova tela que suporta jogos no novo PlayStation 5 ou no Xbox Series X com gráficos otimizados.

    “Tudo depende de como será o desempenho de alguns desses produtos. Se eles ‘pegarem’ e começarem a vender bem, com certeza vamos expandir o portfólio”, disse Prendergast.

    Computador da Acer
    Computador da Acer
    Foto: Acer / Divulgação

     

    Apesar de muitas empresas de tecnologia, incluindo a Acer, terem reportado recordes de vendas, nem tudo são flores para os fabricantes de chips.

    A Intel lançou novos processadores para computadores na segunda-feira (11), incluindo chips Intel de 11ª geração para jogos. Também na quarta-feira (13), a Intel demitiu seu CEO Bob Swan, nomeando seu substituto, Pat Gelsinger. Com Swan, a Intel passou por dificuldades e perdeu participação de mercado para concorrentes em segmentos importantes.

    A Apple causou controvérsia no ano passado, quando relatos divulgaram que ela iria descontinuar o uso de chips Intel em seus Macs e produzir seu próprio.

    A Intel disse à CNN Business por telefone na semana passada que a decisão da Apple libera a fabricante de chips para “descobrir como podemos concorrer com esses produtos [da Apple]”, e que seu foco será oferecer as melhores experiências no Windows, Chrome e Linux, enquanto compete com os produtos Mac.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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