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    Em meio à guerra, astronautas dos EUA e Rússia voltarão juntos para a Terra

    Norte-americano Mark Vande Hei e os russos Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov devem retornar do espaço nesta quarta-feira (30); pouso será no Cazaquistão

    Da esquerda para a direita: cosmonauta russo Anton Shkaplerov, astronauta da NASA Mark Vande Hei e cosmonauta russo Pyotr Dubrov.
    Da esquerda para a direita: cosmonauta russo Anton Shkaplerov, astronauta da NASA Mark Vande Hei e cosmonauta russo Pyotr Dubrov. Nasa

    Ingrid Oliveirada CNN

    A Nasa irá transmitir a volta do astronauta norte-americano Mark Vande Hei e de dois cosmonautas da Roscosmos, a agência espacial russa, que terminarão a missão a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) e retornarão à Terra nesta quarta-feira (30).

    A despedida e fechamento da escotilha começará a ser transmitida à 0h30 de quarta-feira, horário de Brasília, e estará disponível nos canais da Nasa: Nasa TV e no site da agência.

    Vande Hei, juntamente com Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov, fecharão a escotilha da espaçonave Soyuz MS-19 para iniciar a jornada de volta à Terra.

    O norte-americano encerrará uma missão de 355 dias abrangendo 5.680 órbitas da Terra e mais de 241 milhões de quilômetros –sendo recorde de voo espacial único mais longo de um astronauta dos Estados Unidos, anteriormente realizado em 340 dias pelo astronauta Scott Kelly, em 2 de março de 2013.

    Vande Hei foi enviado ao espaço em 9 de abril de 2021, na Soyuz MS-18, uma espaçonave russa.

    A Soyuz irá desacoplar do módulo Rassvet, indo para um pouso assistido por paraquedas no Cazaquistão, a sudeste da cidade de Dzhezkazgan.

    Antes da cobertura da partida da Soyuz, Shkaplerov entregou o comando da estação ao astronauta da Nasa Tom Marshburn.

    Às 4h21 deverá acontecer a desancoragem. Já no período da manhã, às 8h28, inicia-se a transmissão da queima de órbita e pouso.

    No momento do desencaixe, a 67ª expedição começará formalmente a bordo da estação, com o novo comandante da estação, Tom Marshburn, os astronautas da Nasa Raja Chari e Kayla Barron, da Agência Espacial Europeia (ESA), além de Matthias Maurer e os cosmonautas da Roscosmos Oleg Artemyev, Denis Matveev e Sergey Korsakov.

    Segundo a Nasa, após a aterrissagem, a tripulação da Soyuz MS-19 se separará, conforme a prática padrão de retorno, com Vande Hei voltando para sua casa em Houston, enquanto os cosmonautas voam de volta para a base de treinamento em Star City, na Rússia.

    O astronauta da Nasa Mark Vande Hei (ao fundo) e o cosmonauta da Roscosmos Pyotr Dubrov foram lançados para a estação espacial em abril de 2021. / DUBROV/Nasa

    Operações com a agência espacial russa

    À medida que a guerra na Ucrânia se intensifica após invasão das tropas russas, aumenta a pressão sobre as parcerias da Roscosmos. Em meados de março, a ESA suspendeu a missão a Marte com a Rússia.

    Apesar de suspender a missão a Marte, a ESA disse que o programa da Estação Espacial Internacional “continua a operar de acordo com o previsto, com o principal objetivo de continuar as operações seguras da ISS, incluindo a manutenção da segurança da tripulação.”

    As operações conjuntas entre a Nasa e a Roscosmos nas instalações russas em Baikonur, no Cazaquistão, “continuam indo bem”, disse Joel Montalbano, gerente do programa da Estação Espacial Internacional da Nasa, durante uma entrevista coletiva em 14 de março.

    A ISS é uma parceria entre EUA e Rússia que dura mais de duas décadas. A criação ocorreu pós-Guerra Fria e não havia sido impactada por conflitos geopolíticos, como a invasão da Crimeia, em 2014.

    Para que a ISS funcione com maestria, ela necessita de segmento russo e um norte-americano: motores e manobras necessárias vêm da Rússia, energia e suporte de vida vêm dos Estados Unidos.

    Apesar das sanções dos EUA à Rússia, a parceria em torno da ISS se manteve. Mesmo quando, no fim de fevereiro, o chefe da agência espacial da Rússia, Dmitry Rogozin, disse que as novas sanções dos Estados Unidos tinham o potencial de “destruir a cooperação” na ISS.

    À CNN, um porta-voz da Nasa disse que “as novas medidas de controle de exportação continuarão a permitir a cooperação espacial civil EUA-Rússia. Nenhuma mudança está planejada para o apoio da agência para operações contínuas em órbita e estações terrestres”, continuou o porta-voz.

     

    Assista ao vivo à transmissão:

     

    Com informações de Ashley Strickland, da CNN