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    Elon Musk analisa cobrança de taxa anual para contas não verificadas no X

    Programa chamado "Not a Bot" inicialmente obrigará novos usuários na Nova Zelândia e nas Filipinas a pagar US$ 1 para postar e interagir com outras postagens na plataforma

    Clare Duffyda CNN , Nova York

    Depois que Elon Musk sugeriu no mês passado que o X, antigo Twitter, poderia começar a cobrar de todos os usuários, a empresa anunciou um teste desse sistema.

    A plataforma X anunciou em um post na terça-feira (17) que está testando um novo programa chamado “Not a Bot”, no qual novos usuários na Nova Zelândia e nas Filipinas serão obrigados a se inscrever para uma assinatura anual de US$ 1 para postar e interagir com outras postagens.

    O teste será aplicado apenas a novas contas da web, e a taxa será dispensada se os usuários se inscreverem no serviço de assinatura premium de US$ 3,99 por mês do X.

    Novos usuários na região de testes que optarem por sair do premium e da assinatura anual só poderão ler postagens, assistir vídeos e seguir contas — mas não poderão interagir na plataforma. Os usuários existentes não serão afetados como parte do teste.

    Veja também: Rede social “X”, antigo Twitter, remove centenas de contas ligadas ao Hamas

    A empresa disse no post que o programa tem como objetivo “reforçar nossos esforços já bem-sucedidos para reduzir spam, manipulação de nossa plataforma e atividade de bot, ao mesmo tempo que equilibra a acessibilidade da plataforma com o pequeno valor da taxa”, acrescentando que a taxa não se destina a ser um gerador de lucro.

    O teste ocorre depois que Musk incentivou os usuários a se inscreverem no X Premium como forma de reduzir spam e atividades fraudulentas na plataforma, sugerindo que exigir pagamentos com cartão de crédito ajuda a verificar a identidade do usuário e cria uma barreira maior à entrada de contas não autênticas.

    Como incentivo adicional, os usuários premium recebem uma marca de seleção azul (um selo), têm suas postagens impulsionadas pelo algoritmo da plataforma e são elegíveis para receber pagamentos como parte do novo programa de compartilhamento de receita publicitária do X.

    Isso também aconteceu depois que Musk fez uma declaração vaga em uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no mês passado, sugerindo que ele poderia começar a cobrar de todos os usuários.

    Ele disse que a empresa está “passando a ter um pequeno pagamento mensal pelo uso do sistema X” porque é “a única maneira que consigo pensar para combater vastos exércitos de bots”.

    Os especialistas, no entanto, disseram que muitos malfeitores estão mais do que dispostos e capazes de pagar por contas não autênticas na plataforma. Em teoria, uma pessoa também poderia pagar para verificar uma conta e depois permitir que um computador a executasse, criando assim efetivamente uma conta verificada automatizada (ou “bot”).

    A plataforma foi criticada na semana passada por alegações falsas e enganosas que foram amplamente compartilhadas na rede relacionadas à guerra entre Israel e Hamas.

    A Comissão Europeia abriu formalmente na semana passada uma investigação sobre o X, após um alerta anterior sobre desinformação e conteúdo ilegal na sua plataforma ligados ao conflito.

    X diz que removeu “centenas de contas afiliadas ao Hamas”, retirou milhares de postagens desde o ataque do Hamas a Israel e intensificou o Community Notes, seu programa que permite aos usuários verificar os posts de outros usuários.

    “X está abordando conteúdo falso e manipulado identificado durante esta crise em constante evolução e mudança”, disse a CEO do X, Linda Yaccarino, em uma carta ao comissário da União Europeia, Thiery Breton, na semana passada.

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