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    Contas de soldados ucranianos no Facebook são alvo de hackers, diz Meta

    Empresa detalhou uma série de táticas cibernéticas que grupos ligados à Rússia e à Belarus estão usando para atingir soldados e civis ucranianos

    Soldados ucranianos entram na cidade de Bucha
    Soldados ucranianos entram na cidade de Bucha Reuters

    Donie O'SullivanSean Lyngaasdo CNN Brasil Business*

    A empresa-mãe do Facebook, a Meta, detalhou na quinta-feira (7) uma série de táticas cibernéticas obscuras que, segundo ela, grupos ligados à Rússia e à Belarus estão usando para atingir soldados e civis ucranianos.

    As táticas que os grupos estão usando, de acordo com Meta, incluem se passar por jornalistas e agências de notícias independentes online para impulsionar os pontos de discussão russos, tentar invadir dezenas de contas de soldados ucranianos no Facebook e executar campanhas coordenadas para tentar obter postagens de críticos da Rússia.

    A Meta disse que um grupo de hackers conhecido como “Ghostwriter”, que especialistas cibernéticos acreditam estar ligado à Belarus , tentou invadir as contas do Facebook de dezenas de militares ucranianos.

    Os hackers foram bem-sucedidos em “vários de casos”, disse Meta, e “eles postaram vídeos pedindo ao Exército que se rendesse como se essas postagens fossem dos proprietários legítimos da conta. Bloqueamos o compartilhamento desses vídeos”.

    A Meta também observou que as ações de grupos ligados ao governo russo e bielorrusso pareciam se intensificar pouco antes da invasão.

    A empresa disse ter observado que contas ligadas à KGB bielorrussa “de repente começaram a postar em polonês e inglês sobre tropas ucranianas se rendendo sem luta e os líderes da nação fugindo do país em 24 de fevereiro, o dia em que a Rússia começou a guerra“.

    A rede social também disse que removeu uma rede de cerca de 200 contas operadas na Rússia que repetidamente arquivavam relatórios falsos sobre pessoas na Ucrânia e na Rússia na tentativa de remover eles e suas postagens da plataforma.

    As contas reportavam com frequência e falsamente ao Meta que pessoas na Ucrânia e na Rússia haviam quebrado as regras da empresa sobre discurso de ódio, bem como outras políticas. Essa tática, conhecida como “reportagem em massa”, é comumente usada por pessoas que tentam encerrar as contas de mídia social de um oponente.

    Vadym Hudyma, cofundador do Digital Security Lab Ukraine, uma organização que ajuda a proteger as contas online de jornalistas e ativistas, disse que a invasão da Rússia trouxe um “enorme aumento de ataques contra contas de mídia social por meio de reportagens em massa”.

    Muitas das contas alvo do Twitter e do Facebook não foram verificadas, o que dificultou a recuperação das contas de organizações que, por exemplo, arrecadavam dinheiro e coordenavam suprimentos médicos em resposta à invasão russa, disse Hudyma à CNN.

    “Muitas páginas de mídia social foram temporariamente fechadas. Provavelmente recuperamos a maioria delas rapidamente. Mas isso foi uma bagunça.”

    A Meta também disse que continua vendo o uso de fotos de perfil falsas em campanhas de desinformação.

    Em um anúncio anterior em fevereiro, a empresa disse que havia descoberto e encerrado uma operação secreta de influência russa que administrava contas que se passavam por pessoas em Kiev, incluindo editores de notícias e visando ucranianos.

    “Eles alegaram estar sediados em Kiev e se passarem por editores de notícias, ex-engenheiro de aviação e autor de uma publicação científica sobre hidrografia –— a ciência do mapeamento da água”, disse Meta em um  post no blog .

    A Meta vinculou as contas falsas a pessoas previamente sancionadas pelo governo dos EUA. As contas e sites administrados por essa operação de influência não parecem ter tido muito sucesso em alcançar muitas pessoas, segundo dados revisados ​​pela CNN.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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