Cientistas revelam descoberta de nova espécie de dinossauro brasileiro
O dinossauro, nomeado de Ypupiara lopai, é uma nova espécie de dromaeosaurídeo encontrada pela primeira vez no Brasil
![Reconstrução artística de dois dinossauros Ypupiara lopai Reconstrução artística de dois dinossauros Ypupiara lopai](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/08/49902_442D2ABD8C11FF62-1.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
Pesquisadores revelaram nesta quinta-feira (5) a descoberta de uma nova espécie de dinossauro brasileiro. O espécime, nomeado de Ypupiara lopai, é uma nova espécie de dromaeosaurídeo encontrada pela primeira vez no país. Os achados foram publicados no periódico científico Papers in Palaeontology.
O fóssil estudado foi recuperado em Peirópolis, distrito rural do município de Uberaba, em Minas Gerais. Devido aos dados prévios de catalogação, os pesquisadores tinham conhecimento que o espécime foi coletado no que ficou conhecido como “Ponto 1 do Price” ou “Pedreira de Caiera”. O local, que fica próximo à região do morro da Serra do Veadinho, é bastante conhecido pelos achados de vários fósseis de vertebrados em bom estado de conservação.
Os pesquisadores do campo da taxonomia, a ciência que envolve a descrição e classificação dos organismos, buscam encontrar detalhes na fisiologia de cada espécime que permitam a caracterização de uma nova espécie.
Neste caso, a identificação da nova espécie foi realizada a partir de peças de partes da mandíbula do antigo dinossauro, como o maxilar direito (com três dentes), e um pedaço da mandíbula inferior. Segundo o estudo, Ypupiara é caracterizada por um número restrito de estruturas neurovasculares presentes na superfície lateral do maxilar, uma placa interdental retangular e expandida atrás e à frente, e uma compressão dos dentes, que têm um diâmetro superior a 3/5 do diâmetro da cabeça à cauda.
![Detalhes do maxilar e dos dentes do novo dinossauro brasileiro Detalhes do maxilar e dos dentes do novo dinossauro brasileiro](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/08/49912_017AEFF1FDBDB9BE-1.jpg)
O estudo contou com a participação de pesquisadores do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); da Universidade Federal do ABC; do Museu da Amazônia (MUSA) e do Museu de Ciências da Terra.
Segundo o artigo, o material estudado estava alojado originalmente no Museu de Ciências da Terra (MCT), parte do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), e foi cedido ao Museu Nacional para estudo. No entanto, após o incêndio que destruiu o prédio principal do museu, em setembro de 2018, o espécime não foi recuperado.