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    Cientistas mostram 42 dos maiores asteroides do Sistema Solar; veja as imagens

    Novos equipamentos mostram imagens muito nítidas de 42 asteroides nas órbitas de Marte e Júpiter

    Raphael Coraccinida CNN , em São Paulo

    Uma bola de fogo. É assim que as representações no cinema apresentam os asteroides, mas eles são muito mais complexos que isso, com formas muito particulares, além de tamanhos e massas muito diferentes entre si. Com o uso e novas tecnologias, cientistas conseguiram identificar com mais precisão as características dos principais asteroides que orbitam Marte e Júpiter, região do Sistema Solar muito rica em corpos desse tipo.

    O telescópio VLT, localizado no Chile, e o Sphere, instrumento de alto contraste para identificação de espectros, permitiram aos pesquisadores descobrir as características físicas de muitos desses asteroides, avançando mais um pouco em direção à origem dos asteroides.

    Até recentemente, os estudiosos do espaço haviam identificado com riqueza de detalhes apenas três grandes asteroides do cinturão principal, como é chamada a região entre Marte e Júpiter. “As nossas observações mostram agora imagens muito nítidas de muito mais objetos, 42 no total”, diz Pierre Vernazza, do Laboratório de Astrofísica de Marselha, na França, que liderou o estudo publicado nesta semana na revista científica Astronomy & Astrophysics.

    Conheça as informações sobre alguns desses asteroides, além da forma dos 42 visualizados pelo VLT e pelo Sphere.

    Os grandalhões  

    Os dois maiores e mais massivos asteroides observados são Ceres e Vesta, com 940 e 520 quilômetros de diâmetro, respectivamente. Eles são conhecidos também como planetas anões, assim como Plutão, que tem 2.400 km e é o maior entre eles, mas que não foi capturado pelos novos instrumentos na melhor resolução por conta da distância.

    Imagens de Ceres e Vesta (direita), maiores asteroides identificados pelo VLT e pelo Sphere
    Imagens de Ceres (esquerda) e Vesta, maiores asteroides identificados pelo VLT e pelo Sphere 

    Mais esféricos

    O Hígia também está na categoria dos asteroides esféricos e pode ser o menor planeta anão existente no sistema solar, segundo o estudo, com 430 km de diâmetro. O objeto é o quarto maior no cinturão de asteroides, depois de Ceres, Vesta e Pallas.

    Imagem do asteroide esférico Hígia, que orbita a região entre Marte e Júpiter
    Imagem do asteroide esférico Hígia, que orbita a região entre Marte e Júpiter 

    Os alongados

    Além da classe esférica, tem também os asteroides alongados. O maior exemplo da classe é o Cleópatra, que tem o formato semelhante a um osso de cachorro, com duas extremidades salientes conectadas por um eixo grosso.

    Asteroides e suas luas

    Em 2008, astrônomos do Instituto SETI em Mountain View, EUA, e do Laboratoire d’Astrophysique, de Marseille, descobriram que o Cleópatra, que tem apenas 40 km de diâmetro, é orbitado por duas luas, AlexHelios e CleoSelene, em homenagem aos filhos da rainha egípcia.

    Imagem do Sphere fornece pistas sobre como o Cleópatra se parece, além das duas luas que orbitam esse asteroide
    Imagem do Sphere fornece pistas sobre como o Cleópatra se parece, além das duas luas que orbitam esse asteroide

    Mais densos que diamante

    O estudo destaca ainda a densidade dos corpos celestes e identifica os asteroides Psique e Calíope entre os mais densos na relação gramas por centímetro cúbico, com 4,4 e 3,9 gramas por centímetro cúbico, respectivamente. As matérias que compõem os asteroides são mais densas que o diamante que tem 3,5 gramas por centímetro cúbico.

    Confira o formato dos 42 asteroides visualizados pelo Sphere.

    Crédito das imagens: European Southern Laboratory
    Crédito das imagens: European Southern Laboratory

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