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    Cientistas mandarão células musculares ao espaço para entender o envelhecimento

    Missão britânica será lançada nesta terça (21) e pretende avançar no estudo e tratamento do envelhecimento ao observar como os músculos se comportam no espaço

    Raphael Coraccinida CNN , Em São Paulo

    Um novo experimento, divulgado nesta segunda-feira (20), vai levar ao espaço fragmentos de músculo humano do tamanho de um grão de arroz cultivados em laboratório. A ideia é identificar alterações no processo de envelhecimento do tecido sem a influência das condições atmosféricas da Terra.

    O estudo, desenvolvido por cientistas da Universidade de Liverpool e financiado pela Agência Espacial do Reino Unido, foi chamado de MicroAge e pode ajudar a descobrir o porquê do enfraquecimento dos músculos à medida que as pessoas envelhecem, além de soluções para combater isso.

    “A pesquisa de nossos astronautas cientistas como Tim Peake sobre a perda muscular na microgravidade do espaço está ajudando a identificar possíveis curas para doenças musculoesqueléticas”, afirmou o ministro da Ciência do Reino Unido, George Freeman, a uma matéria publicada no site da agência britânica.

    Para suportar as condições do espaço, as células musculares artificiais serão colocadas em pequenos suportes. As células receberão choques elétricos para que sejam estimuladas e realizem contrações. Os cientistas esperam acompanhar eventuais mudanças de comportamento.

    A MicroAge deve ser lançada ao espaço pelo foguete SpaceX Falcon 9 na terça-feira (21), a partir da estação do Kennedy Space Center, na Flórida.

    A missão retornará à Terra em janeiro de 2022, quando os cientistas esperam já ter dados iniciais para analisar.

    A Agência Espacial do Reino Unido tem a MicroAge como a segunda missão financiada, que custou 1,2 milhão de libras.

    Símbolo da missão MicroAge, que vai estudar o envelhecimento de músculos humanos no espaço / Agência Espacial do Reino Unido

    O primeiro estudo financiado pela agência foi lançado em junho de 2021, com cientistas de Nottingham e Exeter University enviando vermes para viver a bordo da estação espacial. A ideia também é compreender o declínio muscular induzido por voos espaciais.

    Um terceiro estudo está em desenvolvimento na University of Strathclyde com o apoio da multinacional inglesa QinetiQ e vai estudar como fluidos complexos se comportam na microgravidade.

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