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    Cientistas encontram indícios de atividade vulcânica em Europa, lua de Júpiter

    Local é considerado pela Nasa como o melhor lugar do Sistema Solar para procurar vida extraterreste

    Superfície de Europa, uma das luas de Júpiter
    Superfície de Europa, uma das luas de Júpiter Foto: NASA/JPL-Caltech/SETI Institute

    Anna Satie, da CNN em São Paulo

    Uma pesquisa publicada recentemente mostra que pode haver atividade vulcânica em Europa, uma das 79 luas de Júpiter. Essa é uma descoberta possivelmente animadora, já que, de acordo com os cientistas, ter uma fonte de energia constante e de longo prazo como essa daria oportunidade para o desenvolvimento de vida no local. 

    Os astrônomos têm evidências de que, entre a camada externa gélida e o núcleo rochoso de Europa, há um oceano. Esse novo estudo, que foi publicado no periódico Geophysical Research Letters, demonstra por meio de um modelo 3D que o interior do satélite pode ser tão quente que derrete parte dessa camada rochosa, formando vulcões no fundo do oceano. 

    “Nossas descobertas oferecem evidências adicionais de que o oceano embaixo da superfície de Europa pode ser um ambiente compatível com o surgimento de vida”, disse Marie Behounková, da Charles University na República Tcheca, líder do estudo.

    A Nasa explica em seu site que, se esses vulcões submarinos realmente existirem, podem ser parecidos com os que existem na Terra. No nosso planeta, a água do mar entra em contato com magma quente, formando energia química. É essa energia, e não a luz do sol, que alimenta a vida nas profundezas do mar. 

    “Europa é um dos corpos planetários raros que pode ter mantido atividade vulcânica por bilhões de anos, e possivelmente o único além da Terra que tem grandes reservatórios de água e uma fonte de energia de longo prazo”, descreveu Behounková.

    É esse conjunto de características que faz com que a Nasa descreva Europa como “o melhor lugar do nosso Sistema Solar para procurar por vida fora da Terra”. A agência planeja uma missão para verificar se o satélite tem as condições necessárias para a vida, com lançamento previsto para 2024.