Cientistas criam tatuagem feita no couro cabeludo que mede atividade cerebral
Tinta que adere a lugares com pelos pode revolucionar os exames de eletroencefalografia
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Cientistas desenvolveram um tipo de tatuagem eletrônica — uma e-tattoo — que pode substituir os eletrodos usados em exames de eletroencefalografia (EEG) através de uma impressão na pele do paciente.
Usando tipo de tinta líquida feita de polímeros condutores, a alternativa aos condutores tradicionais uma vez seca, funciona como um sensor de película fina, captando a atividade cerebral.
Os resultados foram publicados na revista Cell Press Cell Biomaterials nesta segunda-feira (2) mostraram que essas e-tattoos conseguiram manter a conectividade estável por pelo menos 24 horas, detectando ondas cerebrais com ruído mínimo.
“Nossas inovações em design de sensores, tinta biocompatível e impressão de alta velocidade abrem caminho para a futura fabricação de sensores eletrônicos de tatuagem no corpo, com amplas aplicações dentro e fora dos ambientes clínicos”, diz Nanshu Lu, coautor correspondente do artigo na Universidade do Texas em Austin.
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Ao contrário das e-tattoos desenvolvidas anteriormente — que eram impressas em um material adesivo antes de serem colocadas na pele, o que as impedia de aderir em superfícies sem pelos — a novidade dos cientistas consegue se adaptar a partes do corpo como o couro cabeludo.
Essa solução pode diminuir o desconforto causado pelo método tradicional dos exames de EEG, que requerem que o paciente seja conectado a longos fios por meio de eletrodos e fiquem sentados por horas.
No futuro, a equipe de cientistas preveem o desenvolvimento de transmissores de dados sem fio nas e-tattoos para obter um processo do exame totalmente sem fio.
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